TOMO MDXCVIII - TEMPOS DA CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE "CULTURAL"

Como eterno estudante de sociologia, "que é obrigado a sempre mergulhar nos estudos da antropologia", nosso primeiro olhar, para uma sociedade é sempre a religião, já que esta incide diretamente sobre a política e sobre toda a sociedade. Assim, iremos sempre falar da importância do perfil religioso da população brasileira, quer no movimento golpista de sessenta e quatro, quer na reconquista da democracia, bem como no processo golpista de dezesseis, que culmina com a eleição do inimaginável.

Infelizmente, para a humanidade, tal processo não é particularidade brasileira, a questão é de toda a humanidade. Porém, nosso constante objeto de estudo é o Brasil.

Embora fujamos das leituras do processo golpista de sessenta e quatro, optamos pelas memórias de um garoto que tinha onze anos, "no ano do golpe" que não tinha dinheiro nem sequer para os jornais, assim, se valia das manchetes dos mesmos, ou das transmissões do rádio.

As fotos estampadas em "preto e branco" da caminhada com deus pela liberdade", organizada pela liga das senhoras católicas, é algo que os sessenta anos, não apaga de nossa memória.

Já que nossa conversa chega a ser antropológica, somos imediatamente retroagir, ai sim, valendo de uma ampla biografia, que busca, tanto nas sociedades existentes antes da ascensão do império Romano, "somos obrigados a não reconhecer a bíblia como registro histórico", ainda que temos este livro, como parte dos registros bibliográficos.

Em linhas gerais, podemos afirmar que, a parte conservadora das sociedades se valem dos livros que compõem o velho testamento, já os progressistas, encontram no novo testamento as justificativas para seu modo de pensar.

A extensão das distâncias, só pode ser justificada pelo "vício" mental que nosso cérebro tem sido condicionado desde sempre, valha-me, ainda, da hipótese científica da memória genética, onde os costumes são transmitidos como herança genética, assim, o vício, de um tempo em que inexistia a possibilidade de leitura, impede que as pessoas leiam a bíblia, reproduzindo o mesmo culto ao velho testamento, ignorando que nele, os profetas prediziam a vinda de um Messias, assim, a sociedade, não só a fração conservadora, vive presa a preconceitos.