quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Lula apela ao G20 para que assuma sua responsabilidade nas crises globais

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que o G20 não pode fugir às suas responsabilidades face às graves crises geradas pelas alterações climáticas e exigiu que o grupo tome medidas eficazes no combate à fome e na mudança da gestão do principais instituições multilaterais.

Lula da Silva, como presidente rotativo do G20, reuniu-se esta quarta-feira em Nova Iorque com os chanceleres do bloco, aproveitando a Assembleia Geral da ONU.

"O Brasil está trabalhando arduamente para obter progressos concretos na agenda do G20. O G20 é responsável por 80% das emissões globais de gases de efeito estufa. Sua liderança na missão de conter o aquecimento a um grau e meio fará a diferença para todo o planeta", disse Lula.

O Brasil ocupa a presidência do G20 durante todo este ano até o final de novembro e sediará a cúpula do grupo nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.

Durante sua fala, Lula listou as principais agendas para trabalhar em sua visão, em torno dos eixos de inclusão social, mudanças climáticas e governança global. “No centro das nossas prioridades está o combate à desigualdade em todas as suas formas. Esta preocupação permeia os três eixos que norteiam a nossa presidência”, frisou.

Na área da inclusão social, a preocupação central é o combate à fome. “Em julho, adotámos as bases da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que já está aberta à adesão e será lançada oficialmente em novembro. A Aliança mobilizará recursos técnicos e financeiros para promover um conjunto de políticas públicas comprovadas contra estes flagelos”, explicou o presidente brasileiro.

As mudanças climáticas, segundo Lula, exigem responsabilização efetiva não só das nações, mas também de outros setores relacionados ao tema. “O Brasil incorporou atores como bancos centrais e bancos públicos de desenvolvimento no debate climático para garantir uma transição justa. Aprovamos o primeiro documento acordado multilateralmente sobre bioeconomia”, lembrou Lula.

O terceiro eixo refere-se a uma reforma do sistema de governação global, capaz de reposicionar a ONU no centro da tomada de decisões internacionais. Segundo Lula, esse tema deverá estar no centro da reunião de Nova York.

"A comunidade internacional anda em círculos. Não podemos responder aos desafios globais porque trocamos o multilateralismo por ações unilaterais ou acordos exclusivos. Não trabalhamos juntos porque as instituições multilaterais estão desacreditadas", comentou.
Segundo o presidente brasileiro, para quebrar esse círculo vicioso, precisamos de coragem para mudar e de compromisso para superar as diferenças.

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