Fórum sobre BRICS em Joanesburgo: O BRICS não é antiocidente, é apenas uma arquitetura global mais inclusiva

BRICS is not anti-West – South African envoy

O embaixador sul-africano nos BRICS, Anil Sooklal, rejeitou as alegações de que o bloco está competindo com alianças ocidentais como o G7, descrevendo tais afirmações como uma “narrativa infeliz”.

Falando no início desta semana no BRICS Inward Buying and Investment Business Forum em Joanesburgo, o diplomata insistiu que é incorreto rotular o grupo como “antiocidental”.

“O que buscamos é avançar na agenda do Sul Global e construir uma arquitetura global mais inclusiva, representativa, justa e justa”, disse Sooklal.

O fórum de investimentos é um precursor da cúpula dos principais líderes do BRICS, que também acontecerá em Joanesburgo no final deste mês.

Fikile Majola

Em entrevista a um jornal, o vice-ministro do comércio e indústria da África do Sul, Fikile Majola, elogiou o BRICS como um grupo significativo e uma força influente para a mudança.

“Achamos que será uma virada de jogo e ficaremos gratos que este evento histórico aconteça na África do Sul e aqui em Joanesburgo”, disse o ministro, referindo-se à cúpula de 22 a 24 de agosto.

O embaixador Sooklal disse na segunda-feira que o grupo discutirá a extensão do uso de moedas locais no comércio entre os Estados membros no encontro, que contará com a presença de pelo menos 40 líderes e chefes de governo.

O Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS estabeleceu uma meta para que um terço de seus empréstimos sejam conduzidos em moedas nacionais até 2026.

Também falando à margem do fórum de investimentos, Vincent Masoga, CEO da African Charm Technologies, afirmou que as empresas alinhadas ao BRICS estão sendo “chantageadas” por empresas sediadas no Ocidente.

Segundo Masoga, empresas ocidentais e aliadas acreditam que o comércio dentro do grupo BRICS é menos significativo.

“A diferença nesse caso é que as relações comerciais que estamos criando com os parceiros do BRICS não permitirão exploração. Eles vão permitir o tipo de desenvolvimento que queremos como africanos”, argumentou.