quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Apesar da forte pressão estrangeira contra o golpe, presidente do Gabão continua sob prisão domiciliar


O presidente do Gabão, Ali Bongo, foi colocado em prisão domiciliária e está rodeado pela sua família e médicos, disseram na quarta-feira, 30 de agosto, oficiais militares por detrás de um golpe de Estado no país da África Central.

Noureddin Bongo Valentin, um dos filhos do presidente, e outros altos funcionários do governo, bem como alguns membros do Partido Democrático Gabonês, no poder, também foram presos, afirmaram os líderes do golpe num comunicado divulgado pela AFP.

Os aliados do presidente foram acusados de “alta traição contra as instituições do Estado, apropriação indébita massiva de fundos públicos, desvio financeiro internacional organizado, falsificação, falsificação da assinatura do Presidente da República, corrupção activa e tráfico de droga”, segundo à declaração.

Oficiais das Forças Armadas do Gabão declararam na quarta-feira que haviam tomado o poder, anulando os resultados eleitorais poucos minutos depois de Bongo, de 64 anos, ter sido eleito o vencedor da disputada disputa presidencial, com 64,27% dos votos.


Bongo está no poder desde 2009 e já enfrentou uma tentativa de golpe militar em 2019.

Os soldados justificaram a última tomada de poder como um esforço para “defender a paz, pondo fim” à “governação irresponsável e imprevisível” de Bongo.

Entretanto, o líder gabonês fez a sua primeira aparição num vídeo que circulou nas redes sociais, apelando aos “amigos de todo o mundo para fazerem barulho” após a sua detenção.

Ele confirmou que estava em sua residência, mas afirmou: “Não está acontecendo nada. Não sei o que está acontecendo.”

Brice Oligui Nguema, o chefe da guarda presidencial de Libreville, que encenou o golpe, disse ao jornal francês Le Monde que o presidente “gozaria de todos os seus direitos” enquanto estivesse detido.

“Ele é um chefe de estado do Gabão. Ele está aposentado. Ele goza de todos os seus direitos. Ele é um gabonês normal, como todos os outros”, disse Nguema.

Anteriormente, a AFP informou que Nguema tinha sido escolhido para liderar o “Comité para a Transição e Restauração das Instituições” da ex-colónia francesa.

Contudo, em entrevista ao Le Monde, Nguema afirmou: “Ainda não me estou a declarar. Não estou considerando nada no momento. É um debate que teremos com todos os generais.”

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