segunda-feira, 21 de agosto de 2023

23 países ansiosos para aderir aos BRICS terão respostas em Joanesburgo


A China planeja pressionar para que o bloco BRICS se torne um rival de pleno direito do G7 durante sua próxima cúpula na África do Sul, informou o Financial Times no domingo, 20 de agosto.

De acordo com fontes não identificadas, Pequim teria “peitado” a Índia sobre a perspectiva de expandir o número de membros do grupo antes do evento, que está programado para acontecer em Joanesburgo entre 22 e 24 de agosto.

O jornal observou que não há acordo entre Pequim e Nova Délhi sobre se o BRICS - que atualmente compreende Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - deve ser um clube econômico não alinhado ou uma força política que desafia abertamente o Ocidente.

Autoridades sul-africanas teriam dito ao jornal que 23 países manifestaram interesse em ingressar no BRICS, alguns dos quais poderiam receber convites para a cúpula de Joanesburgo. Argentina, Arábia Saudita e Indonésia foram apontadas como favoritas para se tornarem os primeiros novos membros do bloco, desde a inclusão do anfitrião da cúpula deste ano em 2010.


Se expandirmos o BRICS para representar uma parcela do PIB mundial semelhante à do G7, nossa voz coletiva no mundo ficará mais forte”, disse uma autoridade chinesa não identificada ao Financial Times.

No início deste mês, Nova Déli rejeitou relatos da mídia de que se opunha à expansão do bloco, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Arindam Bagchi, descrevendo-os como “especulação infundada”.


“Conforme determinado pelos líderes no ano passado, os membros do BRICS estão discutindo internamente os princípios orientadores, padrões, critérios e procedimentos para o processo de expansão do BRICS com base em consultas e consensos completos”, destacou Bagchi.

Um alto diplomata brasileiro também disse ao FT que o país apoiou a expansão dos BRICS, mas destacou que “é importante que sejam definidos critérios para a entrada desses novos membros”. Ele disse que "Lula nos manda fazer todo o possível para fortalecer o Sul Global".

Na semana passada, o embaixador da África do Sul no BRICS, Anil Sooklal, rejeitou as alegações de que o bloco é “antiocidente” e busca competir com o G7. “O que buscamos é avançar na agenda do Sul Global e construir uma arquitetura global mais inclusiva, razoávelmente representativa e justa”, explicou.


No início de agosto, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia acredita que “de uma forma ou de outra, a expansão do BRICS contribuirá para o desenvolvimento e fortalecimento desta organização”.

Ele observou que “o formato e o tamanho” dessa expansão serão discutidos pelos líderes do BRICS durante a cúpula em Joanesburgo, da qual o presidente russo, Vladimir Putin, participará por meio de um link de vídeo.

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