segunda-feira, 28 de agosto de 2023

BRICS ajudará nações africanas a desenvolver sistemas de pagamento digital


A Índia está em conversações com vários países africanos, incluindo a Namíbia, Moçambique e Quénia, para ajudá-los a desenvolver os seus próprios sistemas de pagamento instantâneo semelhantes ao do seu sistema UPI (Unified Payment Interface), informou o jornal diário Mint no domingo, 27 de agosto.

Existem muitos países no mundo que têm problemas semelhantes aos que tínhamos antes do advento da UPI. Trata-se de inclusão financeira, apoio às economias rurais, incubação de fintech, transparência e outras coisas”, disse Ritesh Shukla, CEO da National Payments Corporation of India (NPCI), desenvolvedora do sistema, à Mint no início de agosto. “Estamos pensando em fazer parceria com esses países para ajudá-los a criar suas próprias versões da UPI de uma forma muito soberana”, disse ele.

Shukla também observou que o número de países onde a UPI será implantada duplicará nos próximos 18 meses. Actualmente, a presença global da UPI incorpora os vizinhos Nepal, Butão e Sri Lanka, e estende-se a Omã, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, França e Austrália.

A Índia também assinou recentemente memorandos de entendimento com Antígua e Barbuda, Arménia, Serra Leoa e Suriname sobre a partilha do seu Índice de Pagamentos Digitais, em linha com as diretrizes do Banco Central da Índia (RBI).


Entretanto, estão em curso conversações entre Nova Deli e Moscou para aceitarem mutuamente os cartões de pagamento um do outro, o RuPay da Índia e o MIR da Rússia, nos seus respectivos mercados, e para integrarem os seus sistemas de pagamento instantâneo.

A rede alargada de parcerias comerciais da NPCI procura ajudar os viajantes indianos a efetuar pagamentos através de plataformas digitais, numa tentativa de poupar tempo e custos excessivos. A Índia também procura explorar a sua diáspora de 30 milhões de pessoas em todo o mundo e padronizar a experiência do utilizador no envio de dinheiro, ou remessas, de volta para a Índia.


A democratização da infra-estrutura pública digital, que utiliza um endereço de pagamento virtual, deverá fortalecer ainda mais a florescente economia de remessas da Índia. Tornou-se o primeiro país do mundo cujas remessas anuais ultrapassaram a marca dos 100 mil milhões de dólares em 2022, com um crescimento anual de 12%, segundo dados do Banco Mundial.

De acordo com o Banco Central da Índia, cerca de 73% de todas as transações não monetárias no país no ano passado foram via UPI, e este número deverá atingir 90% até 2026-27, de acordo com um relatório da PWC. Durante o último exercício financeiro, o volume de transações UPI aumentou 80%, de 46 mil milhões para 83 mil milhões, com o valor médio das transações também a aumentar.


Atualmente, o sistema facilita mais de nove mil milhões de transações mensais de consumo, no valor de cerca de 14,3 biliões de rúpias (173 mil milhões de dólares), de acordo com dados do NPCI. Até 2026-27, a PWC estima que o número de transações atingirá mil milhões por dia.

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