Mnangagwa disse numa conferência de imprensa em Harare que devido à pluviosidade muito baixa, mais de 2,7 milhões de pessoas no país não terão comida suficiente para colocar na mesa este ano.
“Nenhum zimbabuense deve sucumbir ou morrer de fome”, disse Mnangagwa. O presidente formalizou então a resposta oficial, afirmando: “Para esse fim, declaro estado de desastre em todo o país, devido à seca induzida pelo El Nino”.
Ele também observou que “avaliações preliminares mostram que o Zimbabué necessita de mais de 2 mil milhões de dólares para várias intervenções que prevemos na nossa resposta nacional”.
Segundo Mnangagwa, o governo daria prioridade às colheitas de Inverno para aumentar as reservas e trabalharia com o sector privado para importar cereais.
Na África Austral, o Zimbabué é o terceiro país a designar formalmente uma seca como catástrofe nacional, depois do Malawi e da Zâmbia.
El Nino é um fenômeno climático natural associado a uma perturbação dos padrões de vento que significa temperaturas mais altas da superfície oceânica no Pacífico oriental e central.
A maioria das províncias do Zimbabué, sem acesso ao mar, têm registado quebras nas colheitas desde Novembro, com as zonas mais quentes a anularem colheitas de milho e outros produtos básicos.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o último El Niño é uma das cinco ocorrências mais fortes já registradas. Atingiu um pico em dezembro, mas ainda deverá resultar em temperaturas acima do normal até maio em quase todas as áreas terrestres, alerta a organização.
As agências humanitárias, incluindo o Programa Alimentar Mundial, descreveram a situação da fome como “terrível”, apelando a mais ajuda.
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