Nos últimos 108 dias, os ataques do exército israelita mataram 11 mil crianças e 7.500 mulheres na Faixa de Gaza, segundo o gabinete de comunicação social do governo em Gaza.
De acordo com um relatório da agência de notícias Anadolu, o gabinete de comunicação social afirmou num comunicado na segunda-feira que 7.000 pessoas, 70% das quais são mulheres e crianças, ainda estão sob escombros ou desaparecidas, devido ao ataque de Israel ao enclave.
O escritório citou uma série de novos números para tentar transmitir a profundidade das perdas e da destruição sofridas pelos palestinos em Gaza, acrescentou o relatório.
“O número de corpos que chegaram aos hospitais ultrapassou os 25.900, enquanto 63.000 pessoas ficaram feridas desde 7 de outubro”, continuou.
Cerca de 70 mil casas foram completamente destruídas nos ataques israelitas e 290 mil casas tornaram-se inabitáveis.
Sobre os ataques israelitas ao sector da saúde, o comunicado afirma que 337 profissionais de saúde e 45 funcionários da defesa civil foram mortos até agora, informou a Anadolu.
Um total de 119 jornalistas foram mortos em ataques israelitas em Gaza, desde 7 de Outubro.
No início deste mês, o gabinete do Procurador-Geral do TPI, Karim Khan, confirmou aos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) que “crimes contra jornalistas” estão incluídos na sua investigação em curso sobre a situação na Palestina.
Populações detidas e deslocadas
As forças israelenses detiveram 99 profissionais de saúde e 10 jornalistas, e 2 milhões de pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza, disse o relatório da Anadolu.
O gabinete de comunicação social também destacou as condições desumanas nos abrigos lotados onde os palestinianos deslocados procuram refúgio.
“A declaração afirma que 400 mil casos de doenças infecciosas e mais de 8 mil casos de hepatite A foram detectados como resultado do deslocamento forçado de Israel”, informou a Anadolu.
O gabinete de comunicação social também divulgou que cerca de 60 mil mulheres grávidas em Gaza enfrentam riscos críticos devido à incapacidade de prestar cuidados de saúde, enquanto 350 mil indivíduos com doenças crónicas enfrentam riscos críticos devido à falta de medicamentos.
O relatório afirma ainda que o exército israelita destruiu 140 instalações governamentais, bem como 99 escolas e universidades, danificando parcialmente 295 escolas e universidades.
Fora de Gaza, “há 11 mil feridos que necessitam de tratamento e 10 mil pacientes com cancro enfrentam o risco de morte devido a cuidados de saúde inadequados”, acrescenta o relatório.
O comunicado afirma que o exército israelense danificou 253 mesquitas e também causou a destruição de três igrejas.
Israel atacou 150 instituições de saúde em Gaza, inutilizou 53 centros de saúde e 30 hospitais e inutilizou 122 ambulâncias, afirma o relatório.
Israel também visou o património cultural da Palestina, destruindo 200 bens históricos e culturais em Gaza.
“A declaração denunciou ainda a forma como o exército israelita lançou mais de 65.000 toneladas de explosivos em Gaza desde 7 de Outubro”, afirmou o relatório da Anadolu.
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