O anúncio exibido nas redes sociais na Austrália apresentava duas meninas com uniformes escolares preto e branco e segurando mochilas cor de rosa. A legenda dizia: “Faz aquelas cabeças girarem no estilo de volta às aulas da H&M”.
Alguns usuários criticaram a empresa, argumentando que a combinação das imagens e do slogan era “altamente inadequada” e representava uma “exploração vergonhosa” de crianças.
“Os pais geralmente preferem que as cabeças dos adultos não ‘girem’ quando os outros veem suas filhas caminhando para a escola, no ônibus ou na aula”, escreveu a ativista australiana dos direitos das mulheres, Melinda Tankard Reist, no X (anteriormente Twitter). “Por que você iria querer alimentar a ideia de que as meninas deveriam chamar a atenção para sua aparência, corpo e ‘estilo’?”
A H&M retirou o anúncio após a reação negativa. “Este anúncio foi removido. Lamentamos profundamente a ofensa que isso causou e analisaremos como apresentaremos as campanhas daqui para frente”, disse a empresa em comunicado à mídia.
A fundadora do Mumsnet, um popular fórum de mensagens para pais no Reino Unido, Justine Roberts, disse que foi a decisão certa eliminar o anúncio. “Embora estejamos satisfeitos que a H&M tenha aceitado o seu erro e removido o anúncio, em primeiro lugar ele nunca deveria ter sido criado”, disse ela à BBC.
Não é a primeira vez que o marketing da H&M causa indignação online. Em 2018, a empresa foi acusada de mensagens racistas quando o seu website no Reino Unido apresentou a fotografia de um rapaz negro vestindo um capuz verde com as palavras “o macaco mais descolado da selva” estampadas. A empresa prontamente retirou o anúncio e pediu desculpas, dizendo que “mesmo que o racismo não intencional, passivo ou casual precise ser erradicado onde quer que exista”.
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