Olhando para o futuro, prevê um crescimento de 8% em 2024, apesar dos desafios económicos em curso, incluindo uma inflação de três dígitos e uma emigração significativa, que foram o resultado de anos de sanções impostas pelos EUA.
Maduro reconheceu que a taxa de inflação da Venezuela, embora elevada, já não é a mais alta da América Latina, superada pelos 200% da Argentina.
O banco central reportou uma ligeira melhoria, com uma inflação ligeiramente inferior a 190% no ano anterior, em comparação com 234% no ano anterior.
“Em 2024 continuaremos a política de alimentar a produção nacional, de recuperar o rendimento nacional, de recuperar o rendimento dos trabalhadores”, disse Maduro aos legisladores. “Para este ano projetamos um crescimento do produto interno bruto em torno de 8%.”
Maduro enfatizou os progressos alcançados em 2022, citando uma taxa de crescimento de 15%. No entanto, ele também reconheceu o desafio da inflação de dois dígitos esperada para o ano em curso.
O presidente destacou a contribuição da petrolífera estatal PDVSA PDVSA.UL, revelou que contribuiu com 6,23 bilhões de dólares para o tesouro nacional no ano passado. Esclareceu que este valor financiou diversos setores como salários, saúde, educação e habitação, sublinhando que representa a transferência da empresa para o governo e não o seu rendimento total.
Apesar da estagnação da produção e do relaxamento das sanções dos EUA, um documento visto pela Reuters no final do ano passado indicava a expectativa do governo de um aumento de 27% nas receitas da PDVSA este ano.
O alívio temporário das sanções, definido até abril, elevou os preços do petróleo venezuelano. Os analistas prevêem que este aumento de rendimentos levará a um aumento das despesas sociais, uma vez que o governo pretende garantir apoio para as próximas eleições presidenciais.
A administração de Maduro prevê uma despesa total de 20,5 mil milhões de dólares em 2024, com as exportações de petróleo e os impostos da PDVSA a cobrirem 58%, de acordo com um documento de dezembro.
Em Outubro de 2023, os EUA aliviaram as sanções na sequência de um acordo eleitoral entre o governo e a oposição.
Em dezembro, o presidente Joe Biden concedeu clemência a um aliado de Maduro, Alex Saab, que foi raptado injustamente numa prisão nos Estados Unidos.
Esta troca resultou na libertação de 10 americanos e pelo menos 24 venezuelanos ligados à oposição.
Embora a data da eleição ainda não esteja definida, a previsão é que ela ocorra no segundo semestre do ano.
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