«Os Estados Unidos deveriam considerar a eliminação permanentemente da Ilha dessa relação, travando assim a imposição de uma série de medidas de bloqueio econômico e financeiro irracionais e infundadas que afetam gravemente a vida do povo irmão cubano», afirma numa declaração a Associação de Amizade Vietnã-Cuba.
No documento, subscrito pelo vice-presidente da entidade, Nguyen Viet Thao, a associação diz ter tido conhecimento, através da imprensa e agências diplomáticas, de que no passado dia 15 o governo norte-americano decidiu tirar Cuba da lista dos países que não cooperaram com os esforços antiterroristas dos EUA em 2023.
«Este é um passo notável do povo cubano na luta contra formas irracionais de imposição externa», sublinha o texto, citado pela Prensa Latina. Acrescenta que se trata de «uma ação necessária por parte dos Estados Unidos, embora insuficiente».
Dirigido à presidente da Associação de Amizade Cuba-Vietnã, Yolanda Ferrer, o texto reafirma que as organizações populares no país do Sudeste Asiático apoiam firmemente a causa revolucionária do povo cubano na luta contra o bloqueio norte-americano, e a construção e o desenvolvimento do país.
Ao mesmo tempo, apoiam um processo de diálogo e cooperação entre Cuba e os Estados Unidos «assente numa base construtiva, respeitando-se mutuamente, encontrando soluções para as diferenças e promovendo as relações entre os dois países, contribuindo para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região», indica a fonte.
Num comunicado subsequente à exclusão de Cuba da lista de países que não cooperaram com os esforços antiterroristas dos Estados Unidos em 2023, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (Minrex) sublinhou que estes relatórios arbitrários de Washington carecem de qualquer espécie de mandato ou reconhecimento internacional.
Ainda assim, o Departamento de Estado continua a manter o país na lista que designa estados que alegadamente patrocinam o terrorismo, denunciou o Minrex, sublinhando que isto tem como fim «caluniar» o país caribenho e servir de pretexto à adopção de medidas coercivas unilaterais.
Recentemente, múltiplas associações solidárias com a Ilha, organizações anti-imperialistas, partidos de esquerda, instituições nacionais e governos têm deixado vincada a exigência de que os Estados Unidos eliminem Cuba de uma vez por todas da sua lista unilateral de alegados patrocinadores do terrorismo.
Só nos últimos dias, tal ocorreu em países como Seychelles, Panamá, Equador, Colômbia, São Vicente e Granadinas, Índia, Sri Lanka, Chile, Nicarágua, Venezuela, Egipto, Uruguai, Bolívia, Peru, Guatemala e Namíbia, entre outros.
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