TOMO MCDLXXXVII - HISTÓRIAS 'NÃO OFICIAIS" DA AP: "AÇÃO POPULAR

Muito diferente do meu amigo "JC", que vive neste planeta desde o tempo dos dinossauros, e exatamente por isto, ele é conhecido como jurássico, eu vivi e, intensamente, o período de toda a repressão da ditadura militar, '1964 a1985". E da resistência armada.

Havia diversos grupos que partiram para o confronto bélico, não diretamente o qual eu fazia parte, mas.

Entre estes grupos, (a AP, "Ação popular"), protagonizou ações épicas. Primeiro, algumas informações úteis, a "AP", um grupo constituído por militantes ligados à igreja católica, ou melhor, a setores progressistas desta mesma igreja, que abençoava os negros "sequestrados e trazidos a força", da mãe África. Tal informação é para lá de relevante, para lembrar aos que acusam regimes socialistas de perseguirem as igrejas, nunca se lembram de lembrar, as atrocidades patrocinadas, "ou ignoradas", quem ignora é cúmplice, por esta tal igreja "lembro e relembro", no Brasil, as pessoas igrejas evangélicas, só chegaram na primeira metade do séc passado.

Falemos, então claramente, a AP, foi um movimento católico, que concentrando radicalmente com os ensinamentos cristãos, e sabendo das distâncias entre estes ensinamentos, as práticas religiosas e, principalmente, a realidade vivida por nosso povo, resolveu desafiar a lógica e, sem armas, ou com as armas dos milicos, irem à guerra.

Já há algum tempo, tenho a honra de desfrutar de muitas amizades destes guerreiros e guerreiras, que sobreviveram, "não sem marcas, dentre estas marcas, "prisões, torturas exílios e, presenciar, ou saber da morte de companheiros de caminhada ". Obviamente sei que muitas pessoas merecem e deveriam ter seus bustos como estátuas em praças públicas, pois, sem eles, não sei por quanto tempo, teríamos de esperar, para que a ditadura "apodrecesse", outros, no entanto, querem o silêncio, tanto de seus túmulos, ou da realidade de "avós"babões. Se é justamente em nome destes, que imito nomes, mas em nomes de todos, abandono meu ateísmo, e elevo minhas preces aos céus, pelas almas destes guerreiros e guerreiras, caso conheça alguém, que em qualquer dos lados, os que gostariam, "da vovozisse" ou da estátuas, ofereço a todos esta crônica, e saibam, que lá no fundo, sinta uma inveja danada, de não ter a mesma caminhada.

ERRATA: "Com quatro anos, um mês e cinco dias de atraso": só ontem, percebi que a primeira da série inicial destas crônicas, em vez de estar com o título de "crônicas para desemburrecer" como deveria, foi escrita e postada, como "crônicas para desmerecer", ainda que achemos, que foi o tal corretor automático, pedimos desculpas.