domingo, 12 de maio de 2024

TOMO MCDLXXVIII - CORAÇÃO DE MÃE, "alegrias e tristezas"

TOMO MCDLXXVIII

Ontem, "véspera do Dia das Mães" acordei com uma das falas da D. Maria Aurora, sobre as dores de uma mãe na cabeça. Nessa fala, muito provavelmente do dia "09/05/60", meu primeiro Dia das Mães em idade escolar, mesmo morando no alto da Vila Brasilândia, onde o não ter era regra geral. No entanto, os outros meninos, "não havia salas mistas", falavam dos presentes dados a suas mães, em casa, minhas irmãs maiores, especialistas em bordar panos de pratos, ou algo inédito, como uma panela de pressão, não tinha, nem tenho o dom para trabalhos manuais, dinheiro, também não. Assim nossa conversa começou com meu pedido de desculpas, pela inexistência do presente, então, a conversa chegou aquilo que realmente faz doer o coração de uma mãe. Como resultado, foi escrita a poesia que se segue, e assinada por de meus heterônimos, não o mais habitual.





Meu vermelho coração, se alegra,

Só em ouvir a palavra "MÃE",

Sei da minha adolescência, e um pouquinho,

Um pouquinho só, o que é prevenção,

Mãe, para eu, por enquanto não,

Mas, ouvir a palavra "MÃE", emociona.


Sou filha, lembro da alegria da mãe,

Do primeiro coração "mal pintado",

Primeiro trabalho escolar,

"Um dia, descobri este coração,

Mal, muito mal desenhado, guardado,

Lá no fundo de um velho baú.


Ouvia minha mãe, plantada nos pés da cama,

A uma "gripezinha", nesta gripezinha,

A dor imaginada de uma mãe,

Mesmo sabendo que o filho vive bem.


Imagino, a dor de uma negra mãe,

Ao saber que seu filho é um capitão-do-mato,

Um capitão-do-mato, 

Quando, "legalmente" a escravagização,

Já foi superada, "só legalmente",

O limite desta superação,

Está, nos olhos de uma mãe,

Que ouve o filho, contrariar seus ensinamentos.


Uma negra mãe, sofre,

Ao ouvir o filho seguir o Cristo irreal da direita,

Pois, o irreal Cristo da direita,

Defende a mão que manipula a chibata,

E a mão que manipula a chibata,

A faz arder no lombo do próprio Cristo.


A mãe, negra ou não, sente a dor da perda,

Ao ouvir o filho espalhar fakes,

Fakes, estas que dificultam os socorros às vítimas.


A mãe, pobre mãe, abraça o filho,

Mesmo capitão-do-mato, a mãe sempre.


A mãe, mesmo de um capitão-do-mato,

Ama e muito o filho, mas dói.


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