Sei da minha adolescência, e um pouquinho,
Um pouquinho só, o que é prevenção,
Mãe, para eu, por enquanto não,
Mas, ouvir a palavra "MÃE", emociona.
Sou filha, lembro da alegria da mãe,
Do primeiro coração "mal pintado",
Primeiro trabalho escolar,
"Um dia, descobri este coração,
Mal, muito mal desenhado, guardado,
Lá no fundo de um velho baú.
Ouvia minha mãe, plantada nos pés da cama,
A uma "gripezinha", nesta gripezinha,
A dor imaginada de uma mãe,
Mesmo sabendo que o filho vive bem.
Imagino, a dor de uma negra mãe,
Ao saber que seu filho é um capitão-do-mato,
Um capitão-do-mato,
Quando, "legalmente" a escravagização,
Já foi superada, "só legalmente",
O limite desta superação,
Está, nos olhos de uma mãe,
Que ouve o filho, contrariar seus ensinamentos.
Uma negra mãe, sofre,
Ao ouvir o filho seguir o Cristo irreal da direita,
Pois, o irreal Cristo da direita,
Defende a mão que manipula a chibata,
E a mão que manipula a chibata,
A faz arder no lombo do próprio Cristo.
A mãe, negra ou não, sente a dor da perda,
Ao ouvir o filho espalhar fakes,
Fakes, estas que dificultam os socorros às vítimas.
A mãe, pobre mãe, abraça o filho,
Mesmo capitão-do-mato, a mãe sempre.
A mãe, mesmo de um capitão-do-mato,
Ama e muito o filho, mas dói.
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