Entre eles está uma alemã de 22 anos, Shani Louk, vista num vídeo amplamente divulgado sobre a tomada de reféns pelo Hamas durante o ataque ao Festival Nova, um evento musical que dura toda a noite, realizado perto da fronteira de Gaza, no dia 7 de Outubro.
Os pais de Louk disseram ao Washington Post no dia seguinte ao ataque que reconheceram suas tatuagens e longo penteado com dreadlocks na filmagem, que foi postada horas após o ataque.
Parecia mostrá-la de bruços e inconsciente na traseira de uma caminhonete enquanto militantes cercavam seu corpo. Depois de assistir ao vídeo, a mãe de Louk postou um apelo por “qualquer ajuda ou notícia” de sua filha.
Inicialmente, acreditou-se que o Hamas raptou Louk viva, mas a sua mãe disse à imprensa alemã em Outubro que os militares israelitas confirmaram que o Hamas a tinha violado, torturado e matado, e que encontraram uma parte do seu crânio numa vala. No entanto, esperava-se que os outros dois reféns ainda estivessem vivos.
Quando ficou claro, três dias após o sequestro, que Louk estava viva e a caminhonete a tinha levado para um hospital, um noticiário alemão acusou a vítima de ser seguidora de um culto à morte, aparentemente como punição por desacreditar as autoridades israelenses.
Os outros dois falecidos foram identificados como Amit Buskila, estilista de moda, que estava ao telefone com o tio durante o ataque, e Yitzhak Gelernter, que chegou ao local algumas horas antes do ataque.
Hagari disse que todos os três “foram assassinados pelo Hamas, não por nós, enquanto escapavam do festival de música Nova… e os seus corpos foram levados para Gaza como troféu”. Ele não especificou o local de quando, como ou onde os restos mortais foram recuperados. A mídia israelense informou que os corpos foram retirados de um túnel do Hamas, e militares anonimamente disseram que os localizaram através de “interrogatórios da mãe de um dos sequestradores”. Ela entreva comida e água para os prisioneiros quando disponível por que Hamas não permite que homens interajam com mulheres reféns. Israel está atualmente conduzindo uma operação de extermínio na cidade de Rafah, em Gaza, que poderá resultar na morte de mais reféns escondidos na área.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu aos soldados que conduziram a operação militar na sexta-feira, chamando a última descoberta de “de partir o coração” e reiterando a promessa de devolver todos os 129 reféns restantes, “tanto os vivos quanto os falecidos”.
O Hamas disse que os outros reféns só serão libertados através de uma trégua de cessar-fogo.
“O inimigo obterá os seus prisioneiros como cadáveres sem vida ou vivos através de um acordo de troca honrosa para o nosso povo mantido nas suas câmaras de tortura”, afirmou.
Os combates entre as Forças de Ocupação de Israel e o Hamas, que já duram mais de sete meses, começaram em 7 de outubro de 2023, quando Hamas fez mais de 200 reféns, metade dos quais foram posteriormente libertados no âmbito de trocas de prisioneiros.
Mais de 35 mil palestinos foram mortos e mais de 78 mil feridos como resultado da ofensiva retaliatória de Israel em Gaza, segundo os números da ONU e das autoridades de saúde do enclave.
O Catar, um dos mediadores internacionais no conflito Israel-Hamas, disse esta semana que as negociações de cessar-fogo chegaram a um impasse depois que Israel iniciou uma ofensiva na cidade de Rafah.
Autoridades israelenses disseram ao site de notícias Ynet na semana passada que as negociações não haviam fracassado completamente e que as negociações indiretas seriam retomadas “se houver respostas do Hamas que consideramos consistentes com os nossos desejos e objetivos para a região”.
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