Na Ucrânia, os EUA querem provocar ainda mais a Rússia, permitindo que o regime de Kiev utilize armas fabricadas nos EUA, como os mísseis balísticos tácticos ATACMS, em ataques em território russo.
Em 22 de maio, o The New York Times informou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, era a favor do plano perigoso.
O Departamento de Estado iniciou um “debate vigoroso” dentro da administração do presidente Joe Biden sobre este plano após a visita de dois dias de Blinken à capital da Ucrânia, que ocorreu poucos dias depois de a Rússia ter lançado a nova ofensiva na região de Kharkiv.
O plano incluiria permitir ataques contra instalações militares russas, mas talvez não contra refinarias de petróleo e outras infra-estruturas que a Ucrânia tem atacado com recurso a foguetes e drones.
O secretário da Defesa, Lloyd Austin, sugeriu em 20 de maio que os EUA poderiam permitir que as forças de Kiev usassem sistemas de defesa aérea fabricados nos EUA contra alvos aéreos sobre a Rússia.
O Reino Unido já disse que não se opõe à Ucrânia em utilizar armas fornecidas pelos britânicos, que incluem mísseis Storm Shadow, para atacar solo russo.
Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia alertou que, em resposta aos ataques ucranianos em território russo com armas britânicas, quaisquer instalações e equipamentos militares britânicos no território da Ucrânia e no estrangeiro poderiam ser alvo.
Entretanto, em Gaza, a administração Biden está supostamente a preparar-se para facilitar uma ocupação israelita duradoura da Faixa no pós-guerra.
De acordo com um relatório publicado pelo Politico em 23 de Maio, os EUA esperam desempenhar um papel proeminente em Gaza assim que a guerra de Israel contra o Hamas terminar, mas ainda estão trabalhando para definir exatamente como isso seria.
Uma opção que está a ser considerada é nomear um funcionário dos EUA para servir como “conselheiro civil” de uma força de manutenção da paz palestiniana.
Segundo o relatório, os EUA também estão trabalhando para persuadir ao Egito, Marrocos e os Emirados Árabes Unidos a juntarem-se à força, caso esta seja formada.
O conselheiro dos EUA não estaria localizado em Gaza, disseram autoridades não identificadas ao Politico, já que a administração Biden não deseja ser vista como responsável pela gestão diária do enclave palestino.
O relatório nada menciona sobre a retirada das forças israelitas que atualmente ocupam um corredor no centro de Gaza e avançam em Rafah ao longo da fronteira da Faixa com o Egito.
Em suma, os EUA parecem estar se preparando para duplicar o apoio aos seus aliados na Ucrânia e em Israel, apesar de ambos não terem conseguido realizar quaisquer realizações significativas. Os planos para escalar o conflito na Ucrânia e ajudar Israel a solidificar a sua ocupação em Gaza conduzirão a tensões perigosas na Europa Oriental e no Médio Oriente.
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