TOMO MCDXCIV - GOLPES DENTRO DE DIVERSOS GOLPES

 

É sabiamente ignorado, que as raízes das árvores servem, entre outras coisas, para levar às águas das chuvas até os lençóis freáticos. No entanto, as sanhas do capetalismo, fazem das terras, inclusive as devolutas, algo plausível às especulações imobiliárias, mas não permitida aos movimentos sociais. Enquanto os movimentos sociais, entre estes o MST, buscam o respeito com o meio ambiente, o capetalismo, se agrário, via de regra, extrapola a exploração do solo, se urbano, destina as margens dos rios e córregos para estradas, "imperbializando o solo, ou seja, ambos, destroem a mata ciliar.

Ainda que ignoremos, nossa relação, "capetalista" com a natureza, é a mola propulsora das catástrofes ambientais, até lembraríamos que chuvas torrenciais são comuns no mundo e, que estas só se transformam em catástrofes humanas, quando o elemento humano se fixa nas áreas pertencentes aos Rios, as áreas de várzeas, mangues e restingas. O que era ruim, fica potencialmente pior, quando a gestão do Estado, que desde sempre, pertence às elites e é coopitada pela especulação imobiliária.

Se, é o golpe instalado pelo capetalismo que transforma um transbordo natural de um curso d'água, num trauma humano, aparece então os golpistas, primeiro, se isto apagasse a impermeabilização do solo, vêm a busca indiscriminada por likes, likes estes que se transformam em votos para a manutenção, não só da dominação capetalista sobre a sociedade, mas principalmente, em votos para os setores à direita, que potencializa, não só a exploração imobiliária de todo e qualquer recanto, mas, têm uma relação direta com o negacionismo científico.

Há, infelizmente, um estelionato político, nas tragédias, e há, diversos estelionatos financeiros, ou seja, pessoas, (de reputação ilibada, "já que algumas destas", são ícones da direita política), se aproveitando para faturar "dinheiro" em cima dos sofrimentos de quem já perdeu as realizações de suas existências.