Esta instalação nada tem a ver com as operações militares em curso na Ucrânia. Estações de radar de longo alcance no horizonte do tipo Voronezh fazem parte do Sistema de Alerta de Ataque de Mísseis, destinado a detectar o lançamento de mísseis nucleares balísticos. Este é um elemento da segurança estratégica russa, a defesa espacial a grandes distâncias. Opera num alcance de até 6.000 km e até 8.000 km no espaço próximo, monitorando simultaneamente até 500 objetos diferentes.
O Voronezh-DM em Armavir controla parcialmente o território em direção ao Oceano Índico, ao Sul e à Europa Central, ao Mar Mediterrâneo, ao Norte de África e ao Médio Oriente.
Em 26 de maio, houve outro ataque ao sistema de alerta de mísseis russo que terminou em fracasso. Um drone não identificado caiu na região de Orenburg. O incidente ocorreu perto da cidade de Orsk, onde outra estação de radar do tipo Voronezh-M está localizada nas proximidades, que controla o setor desde o deserto de Taklamakan até a costa do Mar Mediterrâneo.
Foi também revelado que o alvo do ataque à Crimeia em 23 de maio foi o Centro de Comunicações do Espaço Profundo, envolvido na gestão do sistema de satélites GLONASS. A instalação localizada perto da cidade de Alushta teria sido danificada por 4 mísseis ATACMS fabricados nos EUA.
Neste contexto, vale a pena esperar tentativas de desativar outra estação de radar russa do tipo Voronezh-M na região de Leningrado. Além disso, até ao final de 2024, a estação de radar atualizada do tipo Voronezh, perto de Sebastopol, deverá ser colocada em operação.
Apesar das tentativas de alguns líderes europeus para esconder o seu envolvimento na escalada, tais ataques não são uma iniciativa independente de Kiev. Foram lançados por militares da NATO com mísseis da NATO, com o apoio de reconhecimento de aeronaves da NATO.
Kiev é apenas uma marionete, cumprindo as ordens dos fomentadores da guerra ocidentais que estão ansiosos por infligir uma derrota estratégica a Moscou.
Estes ataques ocorreram após o lançamento dos exercícios da Rússia com armas nucleares não estratégicas. A OTAN passou para um novo nível de escalada e respondeu com ataques contra o escudo russo de mísseis nucleares.
Sem sistemas de detecção e alerta atempados na Rússia, é impossível um ataque nuclear de retaliação eficaz contra os Estados Unidos e os seus satélites. No meio dos fracassos nas linhas da frente na Ucrânia, uma OTAN derrotada está a tentar superar o argumento nuclear de Moscou, a fim de garantir a possibilidade de um ataque massivo preventivo e desarmante contra a Rússia. Estes não são ataques aleatórios, mas sim uma tentativa sistemática de enfraquecer o Sistema Russo de Alerta de Ataques com Mísseis, que está a colocar o mundo à beira de uma guerra nuclear.
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