O gabinete de guerra de Israel aprovou na sexta-feira uma “expansão medida” da operação militar em Rafah, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comprometendo-se a avançar com a ofensiva, apesar das ameaças dos EUA de reduzir a ajuda militar.
Netanyahu no detendrá el genocidio. Lo cual implica una orden de detención interrnacional de la Corte Penal.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) May 10, 2024
El Consejo de seguridad debe entrar a considerar el establecimiento de una fuerza de paz en el territorio de Gaza. https://t.co/6pV9oJlZJw
“Netanyahu não impedirá o genocídio”, escreveu Petro no X (antigo Twitter) na sexta-feira, reagindo à declaração do líder israelense. “Isso implica um mandado de prisão internacional do Tribunal Penal Internacional.”
O líder colombiano sugeriu ainda que o Conselho de Segurança da ONU deveria “considerar o estabelecimento de uma força de manutenção da paz no território de Gaza”.
Num discurso do Dia do Trabalho em Bogotá no início deste mês, Petro prometeu cortar relações diplomáticas com a liderança “genocida” de Israel, expressando solidariedade com os palestinos em Gaza cujos “filhos morreram, desmembrados por bombas”.
Rafah, no sul de Gaza, é o último grande centro populacional do território que ainda não está sob controlo israelita. Centenas de milhares de palestinos deslocados internamente se abrigaram lá nos últimos meses. No início desta semana, Israel bombardeou a cidade e enviou tropas e dezenas de tanques para os distritos orientais, no que descreveu como uma operação “limitada”.
Vários meios de comunicação informaram no mês passado que o TPI poderia acusar Netanyahu e vários outros altos funcionários de crimes de guerra durante a guerra em Gaza.
De acordo com o site de notícias Axios, Netanyahu pediu ao presidente dos EUA, Joe Biden l, que impedisse o TPI de persegui-lo, juntamente com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi.
Tanto os representantes republicanos como os democratas dos EUA alertaram o TPI sobre as “consequências” caso este persiga autoridades israelitas, e um grupo de legisladores republicanos está agora a planear sanções contra o tribunal.
Israel lançou uma operação militar contra Gaza após a incursão do grupo militante Hamas em 7 de Outubro. De acordo com as autoridades de saúde, a operação que se seguiu das Forças de Defesa de Israel (IDF) resultou na morte de mais de 35.000 palestinianos, a maioria civis.
Em Janeiro, o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas (CIJ) afirmou numa decisão que era “plausível” que os militares israelitas tenham cometido genocídio no densamente povoado enclave palestiniano.
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