QUEM SÃO OS GENOCIDAS
Caludine Gay, presidente da Universidade de Harvard, mulher e negra, renunciou ao cargo sob a pressão do lobby sionista norte-americano. Deu uma declaração considerada ambígua a respeito de uma possível defesa feita por alunos da universidade que dirige sobre uma possível defesa do genocídio de judeus na Palestina. Por: Benedito Carlos dos Santos - Professor e Historiador
Bem, não vi ninguém defendendo o genocídio dos judeus, a não ser os fanáticos do Hamas, que eu não esqueço de lembrar, apenas possui o poder que que tem hoje graças ao auxílio luxuoso recebido durante muito tempo pela CIA e pelo Mossad. E que não iniciou o conflito na Palestina, sendo a consequência e não a causa desse conflito.
O que há na Palestina hoje é um genocídio sistemático da população árabe-palestina, que o atual governo israelense nem mesmo disfarça, endossado pelos EUA e pelo poder financeiro das elites judaicas norte-americanas. Vejam o plano do estado de Israel de expulsar dois milhões de palestinos da faixa de Gaza e os constantes bombardeios a hospitais e a matança de crianças. Quem afinal são os genocidas?
Descobriu-se também que a atual presidente de Harvard plagiou teses e artigos. Certo. Isso realmente é muito grave. E se verdadeiro, passível de punição exemplar.
Mas, ganha uma passagem só de ida à Faixa de Gaza, com direito a uma estadia
na Cisjordânia, quem achar que essa súbita devassa na vida acadêmica da professora não foi obra e graça do lobby sionista, que tem se unido ao que existe de mais reacionário na política dos EUA, ou seja, o movimento Tea Party, a direita cristã e adeptos do trumpismo. Lembram do tempo que a extrema direita era antissemita? Pois é. Hoje endossam, no Brasil e nos EUA, a tese religiosa do povo eleito, que obviamente não inclui os plaeatinos.
Alguém acha que se Claudine Gay se omitisse ou endossasse a política sionista, seus trabalhos acadêmicos publicados há mais de vinte anos seriam investigados?
São as mesmas forças que no Brasil tentam calar o jornalista Breno Altman, judeu, mas que não usa a sua origem étnica para defender a política assassina de Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, e nem endossar o discurso de acusação de antissemitismo daqueles que na verdade são contra o imperialismo.
É tão desonesto e absurdo reduzir todos os palestinos ao Hamas quanto seria reduzir todos os judeus a um bando de apoiadores de Trump e Netanyahu. Ou demonizar aqueles que têm a coragem de se opor à política do estado de Israel, que se tornou a derradeira fronteira do apartheid e do colonialismo.
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