A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, denunciou esta quinta-feira que o governo lhe nega o acesso ao seu gabinete para o desempenho das suas funções, apesar da decisão judicial que anulou a sanção administrativa contra ela.
Através dela Abad solicitou informações a Cynthia Gellibert – que o governante Daniel Noboa nomeou como vice-presidente responsável – sobre as ações tomadas para cumprir o decreto que a enviou à embaixada em Turquia.
“Tive que consultar a secretária Cynthia Gellibert pelo meu e-mail pessoal (para que) ela me explicasse: quais ações foram tomadas pela Vice-Presidência para cumprir esta disposição inconstitucional e discriminatória? E não tenho resposta até hoje”, disse o vice-governador.
Após a decisão da juíza Nubia Vera em 23 de dezembro, Abad teve que ser autorizada a ocupar o cargo e receber sua remuneração; Porém, as portas da vice-presidência continuam fechadas e ele afirma não ter recebido o salário.
Nesse dia, o presidente Daniel Noboa emitiu um decreto pelo qual a enviou para cumprir novas funções em Ancara como coordenadora de relações comerciais.
A vice-presidente denunciou que a intenção de Noboa e da sua equipa governamental é impedir que ela o substitua no cargo durante a licença temporária do presidente para participar na campanha eleitoral que antecede as eleições de 9 de fevereiro.
Na verdade, esta quinta-feira Noboa confiou o chefe do governo, pela segunda vez este mês, à secretária da Administração Pública, Cynthia Gellibert, e não a Abad, que é o vice-presidente titular.
Desta forma, poderia participar no debate, obrigatório para os 16 candidatos à liderança do Executivo para o período 2025-2029.
As licenças parciais de Noboa, bem como a sua atuação como presidente no contexto eleitoral, são motivo de reivindicações e reclamações de candidatos e organizações políticas perante diversas instâncias como o Tribunal Constitucional e o Tribunal Contencioso Eleitoral.
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