A delegação eslovaca liderada por Andrej Danko e Tibor Gaspar, vice-presidentes do Conselho Nacional, estava programada para se encontrar com legisladores e autoridades governamentais em Moscou para discutir comércio e fornecimento de gás após a recusa da Ucrânia em transitar gás para o país.
No entanto, a decisão de Varsóvia de bloquear seu espaço aéreo forçou a delegação a sobrevoar a República Tcheca e a Alemanha para chegar ao seu destino, informou a TASR.
“Não entendo a posição da Polônia, mas a aceito como uma realidade”, disse Danko à emissora. Ele acrescentou que também queria lançar luz sobre a vida na Rússia.
“Quero mostrar que as pessoas também vivem lá, que alemães, franceses e americanos fazem negócios lá”, disse Danko.
O Ministério das Relações Exteriores polonês forneceu um relato diferente dos eventos. “Não impedimos o lado eslovaco de voar [sobre a Polônia]. Eles apenas nos enviaram documentos incompletos e, depois que pedimos que os corrigissem, eles nos informaram sobre a mudança de rota”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Pawel Wronski, aos repórteres.
As relações entre Kiev e Bratislava permanecem tensas por causa das críticas do primeiro-ministro eslovaco Robert Fico à ajuda militar ocidental à Ucrânia.
No domingo, Fico ameaçou vetar pacotes de ajuda propostos pela UE para Kiev e até sugeriu que poderia cortar o fornecimento de eletricidade para a Ucrânia.
O Ministro das Relações Exteriores polonês Radoslaw Sikorski comemorou a decisão da Ucrânia de cortar o fluxo de gás russo para a Europa como "outra vitória".
Moscou enfatizou que a decisão de Kiev de interromper o trânsito de gás russo beneficia apenas os EUA às custas de seus aliados europeus. Os EUA são os “principais beneficiários dessa redistribuição nos mercados de energia do Velho Mundo e os principais patrocinadores da crise ucraniana”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
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