Trump frequentemente apregoa tomar a Groenlândia para os EUA, junto com a incorporação do Canadá e a "retomada" do controle do canal do Panamá, desde sua vitória eleitoral em novembro do ano passado. Ele também afirmou que há apoio popular para sua ideia entre os groenlandeses.
O diário nacional dinamarquês Berlingske contestou a afirmação na terça-feira, citando um estudo do pesquisador internacional Verian, que ele havia encomendado em conjunto com o jornal Sermitsiaq, sediado na Groenlândia.
O Berlingske relatou que, de quase 500 pessoas pesquisadas, apenas 6% disseram que eram a favor de se juntar aos EUA. Outros 9% estavam indecisos, enquanto 85% rejeitaram a ideia.
Quase metade dos entrevistados (45%) disseram que viam o interesse de Trump na Groenlândia como uma ameaça, destacou o jornal.
O veículo contrastou os resultados com uma pesquisa anterior sugerindo que 57% dos groenlandeses apoiavam a aquisição de sua terra natal pelos EUA. A aprovação majoritária foi relatada pela empresa americana Patriot Polling no início deste mês, com base em sua primeira pesquisa fora dos EUA. A empresa não divulgou seu tamanho de amostra ou metodologia específica para a Groenlândia.
Na semana passada, Trump falou com a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen. A conversa foi combativa e deixou o lado dinamarquês "completamente assustado", de acordo com uma fonte anônima citada pelo The Financial Times na sexta-feira.
Em meio à crise diplomática, que alguns meios de comunicação dinamarqueses apelidaram de "A Batalha pela Groenlândia", Copenhague anunciou uma nova iniciativa para combater o racismo e a discriminação contra os ilhéus. O governo pretende gastar quase US$ 5 milhões nos próximos quatro anos para fortalecer a identidade groenlandesa e promover conexões com o continente, anunciou na segunda-feira.
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