O Chefe do Estado-Maior do estado genocida, general Herzi Halevi, apresentou esta terça-feira a sua demissão pela sua responsabilidade no “vergonhoso fracasso” de 7 de outubro de 2023, quando comandos do Hamas atacaram de surpresa o sul de Israel.
"Reconhecendo a minha responsabilidade pelo fracasso do exército em 7 de outubro, e num momento em que as forças armadas estão lutando bravamente em todas as frentes e com um novo acordo de libertação de reféns em andamento, peço para encerrar minhas funções em 6 de março de 2025", disse o general Halevi escreveu na carta, divulgada pelos militares.
Halevi esclareceu, no entanto, que “nem todos” os objetivos da guerra foram alcançados, após mais de 15 meses de combates.
“O exército apesar das derrotas continuará a lutar para continuar o desmantelamento do Hamas e das suas capacidades de poder”, alertou.
O general explicou que “durante 40 anos”, proteger o Estado genocida foi “a missão da [sua] vida”.
Apesar disso, “na manhã de 7 de outubro, o exército, sob a minha liderança, falhou catastroficamente na sua missão de proteger os cidadãos israelitas”, acrescentou.
Naquela manhã de sábado, com parapentes e escavadoras, centenas de soldados do Hamas atravessaram a barreira fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o território israelita, equipados com sensores de vigilância.
O seu ataque em solo israelita, que apanhou o exército completamente de surpresa, resultou na morte de 1.210 pessoas segundo um balanço da AFP baseado em informações oficiais.
Os soldados atacaram fazendas, postos policiais e um grande festival de música eletrônica realizado dentro de uma base militar a poucos quilômetros da Faixa de Gaza.
Além disso, 251 reféns, incluindo um general do alto comando, foram levados para Gaza.
“A minha responsabilidade neste tremendo fracasso me acompanha todos os dias e me acompanhará por toda a vida”, enfatizou o general.
O exército anunciou também a demissão do chefe do comando militar da região Sul, responsável entre outros pela Faixa de Gaza, general Yaron Finkelman.
A única renúncia de um alto comando do exército israelita após 7 de outubro de 2023 tinha sido até agora a do general Aaron Haliva, chefe do serviço de inteligência, que renunciou em abril de 2024.
O líder da oposição, Yair Lapid, da formação centrista Yesh Atid (Há Futuro), aproveitou a ocasião para pedir a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e de “todo o seu governo catastrófico”.
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