terça-feira, 21 de janeiro de 2025

General apresenta sua renúncia pela vitória do Hamas.

O Chefe do Estado-Maior do estado genocida, general Herzi Halevi, apresentou esta terça-feira a sua demissão pela sua responsabilidade no “vergonhoso fracasso” de 7 de outubro de 2023, quando comandos do Hamas atacaram de surpresa o sul de Israel.
"Reconhecendo a minha responsabilidade pelo fracasso do exército em 7 de outubro, e num momento em que as forças armadas estão lutando bravamente em todas as frentes e com um novo acordo de libertação de reféns em andamento, peço para encerrar minhas funções em 6 de março de 2025", disse o general Halevi escreveu na carta, divulgada pelos militares.

Halevi esclareceu, no entanto, que “nem todos” os objetivos da guerra foram alcançados, após mais de 15 meses de combates.

O exército apesar das derrotas continuará a lutar para continuar o desmantelamento do Hamas e das suas capacidades de poder”, alertou.

Halevi, 57, ocupava o cargo desde dezembro de 2022.

O general explicou que “durante 40 anos”, proteger o Estado genocida foi “a missão da [sua] vida”.

Apesar disso, “na manhã de 7 de outubro, o exército, sob a minha liderança, falhou catastroficamente na sua missão de proteger os cidadãos israelitas”, acrescentou.

Naquela manhã de sábado, com parapentes e escavadoras, centenas de soldados do Hamas atravessaram a barreira fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o território israelita, equipados com sensores de vigilância.

O seu ataque em solo israelita, que apanhou o exército completamente de surpresa, resultou na morte de 1.210 pessoas segundo um balanço da AFP baseado em informações oficiais.

Os soldados atacaram fazendas, postos policiais e um grande festival de música eletrônica realizado dentro de  uma base militar a poucos quilômetros da Faixa de Gaza.

Além disso, 251 reféns, incluindo um general do alto comando, foram levados para Gaza.

A minha responsabilidade neste tremendo fracasso me acompanha todos os dias e me acompanhará por toda a vida”, enfatizou o general.

O exército anunciou também a demissão do chefe do comando militar da região Sul, responsável entre outros pela Faixa de Gaza, general Yaron Finkelman.
A única renúncia de um alto comando do exército israelita após 7 de outubro de 2023 tinha sido até agora a do general Aaron Haliva, chefe do serviço de inteligência, que renunciou em abril de 2024.

O líder da oposição, Yair Lapid, da formação centrista Yesh Atid (Há Futuro), aproveitou a ocasião para pedir a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e de “todo o seu governo catastrófico”.

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