domingo, 19 de janeiro de 2025

TOMO MDCCXXX - A GUERRA DO PARAGUAI: VISÃO IMPERIALISTA


Quando ainda no curso primário, numa aula de história, a professora, falou da guerra do Paraguai. A primeira informação dada por ela, é que havia um déspota na presidência daquele país, sem nunca ter explicado o que é um déspota.


O Paraguai é um daqueles países sulamericanos, sem saída para o mar, assim, a busca desta saída, teria levado a seu líder, Francisco Solano López, a "invadir áreas dos estados brasileiros do Mato Grosso, acesso ao Rio Paraguai, do Rio Grande do Sul, "divisa com o Uruguai", saída para o Oceano Atlântico, e a província argentina de Corrientes, saída para o Rio da Plata, "ah, este é uma extensão do Rio Paraná, que se entende como Rio Paraguai". Então Argentina, Brasil e Uruguai se unem na tríplice aliança, com o objetivo de "recuperar as terras ocupadas pelo déspota". Não entraremos aqui, na justiça ou não do pleito de López, já que o Brasil, ainda no séc XXI, busca uma saída para o Pacífico.

Nossa conversa é mesmo pela desproporcionalidade das forças bélicas envolvidas no conflito, fora o Uruguai, tanto Brasil quando Argentina, tinham exércitos e recursos superiores aos de López, "conta-se, ainda, que López, tinha desavenças com a coroa inglesa, portanto, a tríplice aliança, era na verdade, o braço armado a serviço da rainha.


O resultado prático das ações brasileiras lideradas por Caxias, bem como as esquadras, formadas por navios comprados da Inglaterra, "também os paraguaios", travaram batalhas com a perda total de suas naus, que forçaram novas compras, aumentando o grau de dependência da região dos recursos e, das influências da coroa na região.


Se como resultado prático, o Paraguai perdeu para Brasil e Argentina, não só os territórios ocupados Durante o conflito, sua capital "Assumpção, que" fica às margens do Rio da Plata, estava muito próximo da Argentina, fato, que à deixava vulnerável.


No conflito, houve uma redução drástica da população paraguaia, com a perda da população masculina, "força de trabalho, tanto no campo, como nas indústrias" que minguou a competitividade da nação até os dias de hoje, o Paraguai, além dos massacres, nas ruas de Assumpção, liderados pelo genro do imperador Pedro II, conde Deu, "massacres estes, que as forças armadas brasileiras repetiram nas guerras internas de Canudos e do Contestado" a nação paraguaia, ainda sofre com a presença de fazendeiros brasileiros em seu território, hoje conhecidos como os "brasiguaios".


Não pretendemos neste texto fugir de nada que aprendi nos tempos da formação básica, nem mesmo, citando livros de história, "poderia citar o canal do YouTube, Eduardo Bueno" mas não, nossa intenção hoje, é apenas pontuar, quanto as formações proporcionadas, no meu caso específico, durante a ditadura, ofusca, já que era comum ouvir, principalmente, nas aulas de (OSPB: "Organização Social e Política Brasileira "), que tal massacre era necessário, para impedir que os paraguaios se organizassem sob nova liderança e ameaçasse a soberania nacional, neste discurso, validavam também, o massacre de Canudos, "não tive conhecimento na formação básica a respeito da guerra do Contestado". Porém, nesta época, o termo: brasiguaios, não era conhecido, porém, aquilo que a população paraguaia compreende, como invasão, a ditadura brasileira, nos ensinava como possibilidade de expansão.


A visão imperialista, sempre irá contar a história, de acordo com seus interesses.

A: minha mais nova velha amiga, "Jusinete" a convenci no sábado passado, "11/01/25", mas parece que somos amigos desde os tempos de criança.

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