Qualquer anexação total ou parcial da Cisjordânia por Israel seria “uma violação muito grave do direito internacional”, alertou esta segunda-feira o secretário-geral da ONU, referindo-se a declarações nesse sentido de altos responsáveis israelitas.
“Estou profundamente preocupado com a ameaça existencial à integridade e à contiguidade do território palestiniano ocupado de Gaza e da Cisjordânia”, disse António Guterres numa reunião do Conselho de Segurança sobre a situação no Médio Oriente.
"Altos funcionários israelenses estão falando abertamente sobre uma anexação formal de toda ou parte da Cisjordânia nos próximos meses. Qualquer anexação desse tipo seria uma violação muito grave do direito internacional", insistiu Guterres, ao afirmar que o retorno de Donald Trump à a Casa Branca reaviva o debate sobre esta questão delicada.
Durante o seu primeiro mandato, Trump apresentou um plano que previa a anexação por Israel de quase 30% da Cisjordânia.
Reafirmando o seu apoio a uma solução de dois Estados, o Secretário-Geral da ONU apelou também a um “esforço coletivo” para permitir “a reunificação efetiva de Gaza com a Cisjordânia, aos níveis político, económico, social e administrativo”.
Ele também saudou como um "raio de esperança" o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no domingo e apelou às partes para "respeitarem os seus compromissos e implementarem integralmente o acordo", para que "conduza à libertação de todos os reféns e a um acordo permanente" e um cessar-fogo em Gaza.
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