Por: Douglas N. Puodzius |
O Grande Decreto e o Grupo de Trabalho
Vamos lá! Um belo dia, o prefeito resolveu que seria uma ótima ideia suspender o uso de motos para transporte por aplicativo. E por que isso? Ah, porque ele queria formar um grupo de trabalho — ou, como eu gosto de chamar, uma comissão de procrastinação — para estudar a regulamentação da atividade. Um ano se passou, e adivinhem? Eles ainda estão "analisando". O que será que eles estão fazendo, assistindo a séries no Netflix?
Mototáxi: Uma Prática Mais Velha que Eleição de Raposa
É fascinante perceber que o mototáxi já é um clássico no Nordeste e, cá entre nós, a população sempre sobreviveu a isso. Mas agora, de repente, é um risco à saúde pública de São Paulo! Ricardo Nunes, nosso querido prefeito, fez questão de alertar: “Esses desgraçados vêm aqui, ganham dinheiro e ainda querem levar a vida das pessoas [...] Não usem isso, pelo amor de Deus. Vai ser uma carnificina.” Ah, a retórica política, sempre tão poética!
A Hipocrisia do Preconceito
A pergunta que não quer calar: por que a preocupação só surgiu agora? Enquanto os nordestinos estavam tranquilamente levando suas vidas, a elite paulistana estava em seu silêncio sepulcral. Agora, que a vida de paulistanos está em jogo, todos viraram defensores da segurança? O que mudou? A cor da pele dos passageiros? É, a seletividade da preocupação é realmente digna de Oscar.
Conclusão: A Garupa é Perigosa, Mas Só Se Estiver Pagando
E, por fim, vamos refletir sobre a lógica por trás de toda essa proibição. Motocicletas são perigosas, mas só quando o garupeiro está pagando. Nunca ouvi ninguém pedir para remover o banco extra das motos, mesmo sabendo que a segurança é uma questão vital para todos. O que está acontecendo aqui? Um conceito novo de segurança, onde a vida vale mais quando se paga por ela? Estranho, não?
Portanto, sigam em frente, amantes da adrenalina! Enquanto discutimos a segurança das garupas, o trânsito continua parado, os problemas sociais permanecem e a vida vai levando. Afinal, o que são algumas vidas a mais ou a menos, não é mesmo? Ah, São Paulo, sempre tão cheia de surpresas!
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