De acordo com dados rastreados pelo mercado internacional de transporte marítimo Freightos, as tarifas da Ásia para o Norte da Europa mais que duplicaram, para mais de $4.000 dólares por contentor de 12 metros, esta semana, enquanto os preços do transporte marítimo da Ásia para o Mediterrâneo subiram para $5.175 dólares.
Algumas transportadoras anunciaram taxas acima de US$ 6.000 por contêiner de 12 m para remessas do Mediterrâneo a partir de meados do mês, e sobretaxas de US$ 500 a até US$ 2.700 por contêiner poderiam aumentar ainda mais os preços com tudo incluído, de acordo com Judah Levine, chefe de pesquisa da Freightos. , conforme citado pela agência.
O aumento dos preços é atribuído aos ataques levados a cabo por militantes Houthi baseados no Iémen através de uma importante artéria que conduz ao Canal de Suez, e que até agora forçaram as principais companhias marítimas globais a enviar navios de carga na longa viagem ao redor de África. As viagens prolongadas duram até mais 20 dias e estão levando à escassez de navios porta-contentores.
“Pessoas desesperadas para conseguir espaço (em navios) vão pagar”, disse Christian Sur, vice-presidente executivo de frete marítimo da Unique Logistics, à agência.
As taxas de frete para transporte para portos norte-americanos foram menos afetadas, mas também aumentaram.
As tarifas para remessas da Ásia para a Costa Leste da América do Norte aumentaram 55%, para US$ 3.900 por contêiner de 12 metros, enquanto os preços da Costa Oeste subiram 63%, para mais de US$ 2.700, antes dos esperados desvios de carga para evitar problemas relacionados ao Mar Vermelho, de acordo com Levine.
Os ataques a navios na zona do Mar Vermelho estão a ser perpetrados por rebeldes Houthi baseados no Iémen, que afirmam estar a agir em apoio ao Hamas, na sequência da escalada das hostilidades entre Israel e o grupo armado palestiniano em Gaza.
O aumento do preço é resultado direto do fracasso da Operação Prosperity Guardian (Guardião da Prosperidade). O Pentágono diz que a força da coligação defensiva de mais de 20 nações para garantir que o comércio no valor de bilhões de dólares possa fluir livremente através de um ponto de estrangulamento marítimo vital nas águas do Mar Vermelho ao largo do Iémen só poderá terminar com o fim dos ataques palestinianos. Os aliados europeus da América que foram listados como contribuintes para a Operação – Itália e Espanha – emitiram declarações para distanciar-se da força marítima americana.
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