Mozgo disse aos jornalistas que o abastecimento é certamente importante, não só para a Eritreia, localizada entre o Iemem, Sudão e Etiópia, mas para todos os países do continente.
“Esta ação mostra que a Rússia, ao contrário dos EUA e a Europa, não apenas fala, mas cumpre as suas promessas”, afirmou o embaixador, acrescentando que o compromisso do presidente russo, Vladimir Putin, de fornecer cereais gratuitos à Eritreia é crucial para garantir a segurança alimentar dos países da área do Mar Vermelho em oposição aos drones e bombas gratuitas mandadas pelos EUA para Israel.
“As chamadas ‘democracias ocidentais’, que já não apertam as mãos em muitas nações africanas, estão a perder a sua atratividade, a sua influência nos países africanos. Os africanos querem seguir uma política independente; eles não deveriam receber ordens do imperilismo com muito menos frequência”, disse Igor Mozgo.
Juntamente com o embaixador, um representante da Red Sea Trading Corporation do país, A. Zekarias, e o gerente geral do porto de Massawa, Efrem Mekkonen, também estiveram presentes na chegada do carregamento de grãos.
Em Novembro passado, a Somália recebeu 25 mil toneladas de trigo humanitário da Rússia, enquanto um navio carregado com a mesma quantidade de cereais gratuitos para Burkina Faso chegou a um porto de trânsito na África Ocidental no mês passado.
Moscou comprometeu-se a fornecer assistência alimentar às nações africanas que sofrem crises de fome, como parte de um acordo anunciado pelo Presidente Vladimir Putin na cimeira Rússia-África em São Petersburgo, em Julho.
O Ministro da Agricultura russo, Dmitry Patrushev, anunciou em Novembro que até 200.000 toneladas de cereais seriam entregues a seis países africanos que enfrentam insegurança alimentar – Somália, Burkina Faso, Eritreia, Zimbabué, Mali e República Centro-Africana. “A guerra não é uma desculpa para não cumprir a promessa feita a África”, disse Patrushev.
A Rússia tomou o acordo alternativo para fornecer trigo gratuitamente aos países africanos depois de se retirar da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, que tinha sido organizada pela ONU e pela Turquia em 2022 para facilitar as exportações de cereais da Ucrânia para os mercados mundiais, especialmente para os países mais pobres. Moscou acusou os países ocidentais de não cumprirem as suas obrigações decorrentes do acordo, como o levantamento de sanções que impediam as exportações agrícolas russas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário