O Bild cita fontes de fabricantes de automóveis alemães que estão preocupados com o corte de suas linhas de abastecimento. Por exemplo, vários fornecedores produzem seus cabos elétricos na Ucrânia. Já enfrentando sérios problemas desde o início da operação militar da Rússia, o súbito estrangulamento logístico terá mesmo forçado alguns fabricantes de automóveis a interromper a produção.
O bloqueio 24 horas por dia das passagens de fronteira é um protesto contra a decisão da UE de flexibilizar a regulamentação do bloco sobre as empresas de transporte ucranianas para reduzir o salário dos motoristas na Europa e ajudar a economia ucraniana em 2022. No início de novembro, o protesto dos caminhoneiros foi acompanhado por agricultores polacos descontentes com o influxo de cereais ucranianos baratos que estava fazendo baixar os preços das colheitas locais.
Contudo, a posição de Kiev permanece inalterada. “Não estamos discutindo a rescisão do acordo sobre a liberalização do transporte de mercadorias entre a Ucrânia e a UE”, disse o Bild, citando um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
O ministro polaco das Infraestruturas, Andrzej Adamczyk, afirmou num comunicado de imprensa do governo na quarta-feira que tinha contactado o seu homólogo ucraniano, Aleksandr Kubrakov, para discutir a questão.
Com a reunião do Conselho de Transportes, Telecomunicações e Energia (Transportes) da UE a realizar-se no dia 4 de dezembro, as conversações abordarão o bloqueio e as alterações legislativas da UE que o precipitaram. Adamczyk concluiu o seu comunicado de imprensa dizendo que é “necessário avaliar os efeitos que resultaram na implementação do acordo entre a Ucrânia e a UE, bem como as alterações no seu conteúdo necessárias para manter a estabilidade do mercado de transportes”.
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