- A Ucrânia é um país em guerra. A operação militar especial russa foi lançada de acordo com a Resolução 2202 do Conselho de Segurança a fim de aplicar os Acordos de Minsk que ela valida e a declaração dos Presidentes Petro Porochhenko, François Hollande e Vladimir Putin, assim como da Chancelerina Angela Merkel, que se deram como seus garantes. Ora, a UE equipara esta operação policial a uma "agressão" em "clara violação da Carta das Nações Unidas".
Em 2021, o Tribunal de Contas Europeu publicou um relatório especial sobre a corrupção na Ucrânia. Nele podia ler-se :
“A "captura do Estado" por grupos de poderosas elites políticas e económicas de estrutura piramidal e enraizadas em todas as instituições públicas e na economia é considerada como uma das características específicas da corrupção na Ucrânia”.
- A Moldávia é um país em paz. No entanto, desde 2 de Setembro de 1990, quer dizer, cerca de 11 meses antes da independência da Moldávia, a região autónoma da Transnístria proclamou a independência. Esta pequena região fora usada pela União Soviética para abrigar institutos de pesquisa militar secretos. Ela é habitada por uma população russa, com altíssimo nível de educação científica, distinta da população moldava e que não fala a mesma língua.
Durante 23 anos, a Transnístria desenvolveu um modelo sem paralelo de governo, inspirando-se no comunismo para as suas realizações sociais, mas velando escrupulosamente pelas liberdades individuais e públicas. Em dois relatórios apresentados, em 5 de Setembro de 2019, à Câmara dos Representantes em Washington, a Rand Corporation aparecia com um plano para enfraquecer a Rússia. Foi esse plano que foi posto em prática violando os Acordos de Minsk e provocando a guerra da Ucrânia. Nele se pode ler que os Estados Unidos podem pressionar a OTAN e a UE a integrar a Moldávia, e depois esta denunciando o cessar-fogo de 21 de Julho de 1990, e assim abrir uma nova frente contra a Rússia.
O anúncio da abertura de negociações com a Moldávia não menciona a existência da Transnístria (República Moldava do Dniester), que a União considera como um território moldavo, muito embora ele nunca tenha dependido de Chișinău.
Não há, portanto, qualquer dúvida que a abertura simultânea de negociações de adesão à UE da Ucrânia e da Moldávia é um ato de guerra contra a Rússia.
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