A agência alertou também que está “à beira do colapso”, o que significa que a ajuda humanitária da qual depende quase toda a população de Gaza também está em risco.
De acordo com a declaração da UNRWA no X (antigo Twitter), muitos moradores de Gaza “não comem há dois, três dias”. Diz que o pessoal da agência está a fazer o seu melhor, mas suprimentos vitais como alimentos, água e combustível são “sistematicamente utilizados como armas de guerra em Gaza. A fome persegue a todos.”
Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que “há um sério risco de fome e inanição”, observando que 97% das famílias no norte de Gaza e 83% das pessoas deslocadas no sul “não comem o suficiente”.
Acrescentou que as agências da ONU e os seus parceiros não conseguem chegar à maioria das pessoas necessitadas devido aos intensos bombardeamentos e hostilidades, e apelou a um cessar-fogo humanitário imediato para proteger os civis e garantir a entrega urgente de ajuda vital.
Também na sexta-feira, porém, a resolução do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) proposta pelos EAU exigindo um cessar-fogo humanitário em Gaza foi vetada pelos EUA. Comentando esta decisão, Washington disse que um cessar-fogo “insustentável” “apenas plantará as sementes para a próxima guerra”, acrescentando que Israel “tem o direito de se defender”.
Na terça-feira, a AGNU retomará a sua sessão especial de emergência sobre a Palestina. Isto foi motivado por um pedido do Egito e da Mauritânia, cujos representantes consideraram necessário convocar uma sessão de emergência para resolver a crise em Gaza, citando a resolução “Unidos pela Paz”, que afirma que se o CSNU não exercer a sua responsabilidade primária pela para a manutenção da paz e da segurança internacionais, a AGNU agirá por conta própria. No entanto, as resoluções da Assembleia Geral são apenas recomendações e não são juridicamente vinculativas.
O conflito em Gaza agravou-se em 7 de Outubro quando Jerusalém Ocidental lançou ataques aéreos e uma operação terrestre no enclave palestiniano. Durante um cessar-fogo de uma semana iniciado no final de novembro, 108 reféns foram libertados.
O número de mortos em Gaza atingiu 18 mil, cerca de 70 por cento dos quais são mulheres e crianças, e mais de 49 mil ficaram feridos, segundo as autoridades oficiais.
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