O grupo de economias emergentes, que inclui atualmente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está avaliando formas de reduzir a sua dependência do dólar americano e do euro, incluindo sistemas de pagamentos alternativos e comércio em moedas nacionais.
O chefe do departamento de cooperação económica do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Dmitry Birichevsky, concordou com as preocupações de Rousseff. “Uma moeda única é algo que pode surgir no futuro, mas o caminho para isso é lento e difícil. Tenho certeza que chegaremos lá de qualquer maneira, porque não dá para ficar preso a uma coisa só, é preciso diversificar constantemente”, explicou Birichevshky.
A política económica liderada pelos EUA levou os países BRICS a analisarem possibilidades de criarem as suas próprias moedas e a procurarem alternativas às instituições financeiras baseadas no dólar. O processo de desdolarização já iniciado ajudaria os países do BRICS a caminhar em direção a uma moeda única, segundo o diplomata.
Ambos expressaram esperança de que o comércio em moedas nacionais seja mencionado na declaração final da próxima cimeira do G20 na Índia.
“Esperamos que o tema do sistema monetário e financeiro global, bem como as questões de liquidações em moedas nacionais e o papel do mundo em desenvolvimento em geral sejam abordados em detalhes”, acrescentou Dilma Rousseff.
Durante a recente cimeira dos BRICS em Joanesburgo, vários economistas, incluindo um antigo executivo do FMI, afirmaram que o sistema monetário internacional baseado no dólar está a tornar-se cada vez mais “disfuncional”, uma vez que não responde às necessidades dos países em desenvolvimento na multipolaridade emergente do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário