Iogues praticavam rituais de assassinato em massa?

Uma aula de ioga no condado inglês de Lincolnshire foi brevemente considerada o cenário de um terrível “ritual de assassinato em massa”, quando membros da comunidade alertaram a polícia depois de confundirem um grupo de iogues meditadores como vítimas de uma onda de assassinatos.

Cinco carros da polícia chegaram ao Observatório do Mar do Norte em Skegness na noite de quarta-feira, 7 de setembro, depois que passeadores de cães deram o alarme para um grupo de sete pessoas deitadas posições estranhas no chão em uma sala mal iluminada, com uma oitava pessoa andando ao redor de seus corpos aparentemente sem vida.

No entanto, sem o conhecimento dos alarmistas, o grupo estava praticando shavasana, às vezes conhecida como postura do cadáver – uma posição frequentemente usada no final de uma sessão de ioga em que as pessoas se deitam de costas e entram em um estado meditativo profundo.

“Eles relataram à polícia que tinham visto alguém andando em uma sala iluminada com velas e o que pareciam ser pessoas mortas espalhadas pelo chão”, disse a professora de ioga Millie Laws ao Washington Post. “O casal pensou que era algum tipo de assassinato em massa ritual.”

A Polícia de Lincolnshire confirmou mais tarde que uma chamada de emergência foi feita às 20h56 “com boas intenções”. A polícia acrescentou: “Policiais que compareceram à ocorrência, teveram o prazer de informar que todos estavam bem e seguros”.

O Seascape Cafe, que hospedava a aula de ioga no Observatório do Mar do Norte, postou nas redes sociais na quinta-feira para agradecer à polícia pela pronta resposta à cena. “Caro público em geral”, dizia o comunicado, “por favor, esteja ciente de que o Observatório tem muitas aulas de ioga acontecendo à noite. Não fazemos parte de nenhum culto maluco ou de clubes malucos.”

Falando ao Washington Post em comentários publicados na sexta-feira, Laws disse que não pôde deixar de rir da ideia de ter sido brevemente suspeita de ser responsável pelo que teria sido um dos piores massacres da história recente do Reino Unido.

“É muito hilário”, reagiu o jovem de 22 anos, que se mudou para a cidade há apenas três meses. “Por outro lado, estas pessoas estavam a conseguir entrar num estado de relaxamento tão profundo que – embora seja horrível compará-lo com a morte – parecem tão relaxadas e confortáveis.”

“Quero dizer, você pode dizer que a medicação funcionou, embora seja definitivamente irônico que eles estivessem na pose de cadáver”, disse ela.