Protestos contra o aumento de impostos e o alto custo de vida eclodiram em todo o Quênia na sexta-feira, 7 de julho, com a polícia usando gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Os comícios foram convocados pela Coalizão Azimio, liderada pelo líder da oposição Raila Odinga, para se opor aos aumentos de impostos sancionados pelo presidente William Ruto.
A lei aprovada no parlamento no mês passado dobra o imposto sobre combustível de 8% para 16% e introduz um imposto habitacional de 1,5% para todos os funcionários. Apesar de uma ordem do Supremo Tribunal do Quênia para suspender os aumentos de impostos, o governo aumentou os preços da gasolina de qualquer maneira, desencadeando os protestos.
De acordo com relatos da mídia local, manifestantes antigovernamentais marcharam para o distrito comercial central de Nairóbi, bem como para a principal cidade costeira do país, Mombaça, onde entraram em confronto com a tropa de choque.
O jornal Daily Nation informou que a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão em Mombasa e também para dispersar os manifestantes que haviam barricado seções de duas estradas em Nairóbi.
O comandante da polícia de Nairóbi, Adamson Bungei, que havia alertado anteriormente contra os protestos de rua, disse à mídia que mais de 20 pessoas foram presas.
"Permitimos que a Coalizão Azimio realize sua manifestação apenas em Kamukunji Grounds. Eles são obrigados a exercer seus direitos de acordo com a lei. Caso contrário, protestos de rua não serão permitidos", disse Bungei segundo o Nairobi Leo News.
Também houve relatos afirmando que a polícia em Nyahururu, uma cidade no centro do Quênia que viu as tensões aumentarem com o desenrolar dos protestos, prendeu um ex-governador do condado e outro político por suposto envolvimento em "protestos ilegais".
A Azimio TV noticiou um ataque ao comboio do líder da oposição, que havia acabado de se dirigir a milhares de pessoas no Kamukunji Grounds e estava conduzindo seus apoiadores ao centro da cidade.
Odinga, que perdeu para Ruto na acirrada corrida de 2022, também lançou uma petição com o objetivo de coletar 10 milhões de assinaturas até a próxima sexta-feira, como parte dos esforços para obrigar o governo a baixar os preços de bens essenciais e destituir Ruto do cargo.
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