Desde a última segunda, "26/08/24", vivemos numa ilha de consciência, antes de chegarmos a ela, somos infelizmente, obrigados a agradecer a um parlamentar, o meu amigo "senador Paulo Paim" por ter organizado uma audiência pública no senado, para rememorar os quarenta e cinco anos da lei da anistia.
Quando dizemos que somos obrigados a agradecer, pois, o mínimo esperado, seria que os cento e setenta deputados, assim como os senadores progressistas, estivessem presente ao ato, só que não, também sentimos a ausência da parte progressista da mídia.
Passarmos algumas boas horas, em companhia de velhos militantes de esquerda, velhos militantes, não só na idade cronológica, mas também no tempo em que convivemos, alguns desses velhos militantes convivemos desde os anos sessenta.
Outra vez, infelizmente, somos sempre os mesmos, "descontados" aqueles "as" que nos deixam a cada ano, e ainda, aqueles "as", que por agravamento do quadro de saúde, nem sempre estão presentes, ainda que a audiência pública tenha sido ontem, a data de aniversário é hoje.
Estiveram no DF representantes de diversas organizações de anistiados "as", e anistiados "as", de diversas regiões do Brasil. Somos, infelizmente, uma ilha.
Além do aniversário da lei de anistia, somos obrigados a lamentar que a tal lei, anistiou também os representantes de um estado criminoso, que em nome de uma ideologia "direitista e entreguista", pois além de combater a inexistente ameaça de um inexistente "comunismo", fazia isto para saciar a sanha imperialista do império do mal, a terra do Tio San.
Há, ainda, milhares de brasileiros "as", não anistiados "as", há também, um descumprimento da lei, na concessão das anistias concedidas, se nas explicações para este descumprimento, está a composição do congresso, principalmente no "pós-golpe de 16", não que tenha sido muito diferente antes.
Voltemos, então, à ilha consciência, os mais de duzentos idosos "as" mantém, além da garra, de lutar pela democracia, mantém a consciência que a vida pode ser melhor, podemos ser uns poucos velhos "as" existimos.
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