Ninguém até agora assumiu a responsabilidade pelas explosões que romperam os oleodutos no Mar Báltico em setembro de 2022. Como resultado da sabotagem, o fornecimento de gás da Rússia para a Alemanha foi interrompido. A linha paralela Nord Stream 2, que também foi danificada, nunca entrou em operação, tendo sido adiada por investigações dos EUA e burocracia da UE.
A emissora estatal alemã ARD, os veículos de mídia Suddeutsche Zeitung e Die Zeit relataram na quarta-feira que o promotor público federal Jens Rommel emitiu o primeiro mandado de prisão no caso no início de junho. Embora o suspeito tenha sido identificado, dois de seus compatriotas, um casal, teriam sido nomeados como potenciais cúmplices.
Autoridades alemãs teriam protocolado um pedido de cooperação com seus colegas poloneses na esperança de localizar o suspeito, que teria sido rastreado até um local a oeste de Varsóvia antes de desaparecer.
A ARD informou que conseguiu falar com o suspeito por telefone na terça-feira, acrescentando que "Vladimir Z" insistiu que não tinha nada a ver com a sabotagem.
De acordo com a emissora estatal, os supostos sabotadores teriam navegado até o local da sabotagem em um iate chamado "Andromeda". No entanto, as autoridades polonesas insistiram que a viagem da embarcação era de natureza "puramente turística", com a tripulação aparentemente sinalizada como não suspeita.
Os promotores alemães estão céticos quanto à versão polonesa dos eventos, informou a ARD. As autoridades polonesas também supostamente disseram aos seus colegas alemães que as imagens de CFTV do iate e de sua tripulação já haviam sido apagadas.
Apesar dos regulamentos interestatais da UE, Varsóvia não respondeu ao pedido de cooperação de Berlim sobre o possível paradeiro de Vladimir Z, alegou a ARD.
De acordo com a mídia alemã, os investigadores ainda não encontraram nenhuma prova sólida ligando o suspeito diretamente ao serviço militar dos EUA ou de inteligência ucraniano. Altos funcionários em Kiev negaram publicamente qualquer envolvimento na destruição dos oleodutos Nord Stream.
O gabinete do promotor alemão se recusou a oferecer um comentário oficial.
As autoridades russas apontaram o dedo para os EUA como os que mais têm a ganhar com a interrupção do fornecimento de gás russo para a Alemanha. Moscou citou as queixas públicas expressas por Washington em relação ao projeto Nord Stream em várias ocasiões antes da destruição dos conduítes. Victoria Nuland informou explicitamente em janeiro de 2022 que “Se a Rússia invadir a Ucrânia, de uma forma ou de outra, o Nord Stream 2 não avançará”.
.@UnderSecStateP Victoria Nuland: “If Russia invades Ukraine, one way or another, Nord Stream 2 will not move forward.” pic.twitter.com/hEGBrx6HJj
— Department of State (@StateDept) January 27, 2022
O Kremlin também acusou o Ocidente de obstruir os esforços de investigação sobre as explosões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário