quarta-feira, 21 de agosto de 2024

TOMO MDLXXIX - A ROSA DE SERRANO

Poderíamos, nesta crônica de hoje, falar de pessoas que perderam a vida na luta anti-sistêmica, porém, nos últimos anos, principalmente no Brasil, há uma completa confusão, daquilo que é anti-sistema. Poderíamos "até perguntaríamos" se é só no Brasil, mas, "pula essa parte", voltando a falar Brasil, há muitos "mamateiros", ops, preciso explicar a criação deste verbete...
Começando, pela explicação do sufixo "eiro" (igual a profissão, viver de), já mamata, derivado de mamar, assim o mamateiro, é aquele ser que vive de sugar a essência da vida de outros seres, ou da nação, um bom exemplo recente no Brasil, o inegável.


Há pessoas que, no entanto, dedicam suas vidas a enfrentar as "maleficências" do sistema, em razão de suas lutas diárias, são vítimas do sistema. E os algozes de quem luta contra o sistema, são os defensores do sistema, fartamente identificados com as estruturas que permitiram a eleição do inominável, leia-se aqui, todas as discriminações, ainda a estrutura fundiária, que termite a posse da terra, ao branco invasor, mas, excluí desta posse, as populações originárias e a população afrodescendente, trazida à força para ser mão de obra forçada para o branco invasor.


Entraria nesta discussão a desumana tese do marco temporal, que em tese, nem toca nas questões dos quilombolas, que teoricamente, estão em suas terras, antes da promulgação da tal constituinte cidadã. Mas há a ganância do branco invasor.


Além da histórica invasão, há a cotidiana exclusão, se isto faz parte de uma estrutura social, excludente, a estruturação desta sociedade excludente, faz com que outros excluídos, assumam o papel de privilegiados e, por se julgarem privilegiados, são agentes da exclusão de outros igualmente excluídos.

No evento, motivo da crônica de hoje, uma vereadora do PT, foi vítima de uma violenta prisão, com uma ridícula condução até a delegacia "no chiqueirinho", parte traseira de uma viatura policial.

A violência da qual a vereadora foi vítima, decorre de uma outra violência, a morte de uma criança quilombola, por algo que vem a público, como omissão de socorro.

Se estamos colocando no condicional, é porque esperamos uma "inexistente" explicação, dizendo que houve apenas um problema pontual, que tal ocorrência decorreu da quebra de uma ambulância, que a cidade de Serrano, apesar de não possuir, em decorrência do tamanho da população, nenhum hospital de complexidade necessária para o caso em específico, tem estrutura de transporte apta para emergência, sabemos, que mesmo que a questão seja pontual, o racismo, que prendeu a vereadora, vem de uma aporofóbica somada a um preconceito racial, o mesmo preconceito racial, que justificou a escravização.


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