sábado, 10 de agosto de 2024

Polônia pede expulsão da Hungria da UE, como punição por estreitar relações com a Rússia

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, alertou na sexta-feira contra a potencial expulsão da Hungria pela força ou por qualquer meio necessário da Área Schengen – uma medida proposta como punição depois que Budapeste facilitou suas regras de entrada para russos.

No mês passado, Budapeste estendeu seu regime especial de visto – o sistema National Card – para incluir cidadãos russos e bielorrussos. O esquema permite que estrangeiros trabalhem na Hungria por até dois anos e abre caminho para que eles solicitem residência permanente.

A medida da Hungria atraiu atenção depois que o presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, a criticou em uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, alegando que o novo esquema poderia facilitar a entrada de "espiões russos" no bloco.

No início desta semana, um grupo de 67 membros do Parlamento da UE enviou uma carta oficial à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, exigindo que a Hungria seja punida se se recusar a mudar sua política de vistos. Um dos signatários, o deputado finlandês Tytti Tuppurainen, propôs introduzir controles de fronteira com a Hungria e, finalmente, excluí-la da Área Schengen se seus novos requisitos de visto não forem alterados.

De acordo com Tusk, medidas drásticas não são aconselháveis. “A exclusão da Área de Schengen, pela força ou por qualquer outro meio, é, na verdade, um prelúdio para a exclusão da UE”, ele disse em uma coletiva de imprensa na sexta-feira.

Eu teria cuidado aqui... Eu me esforcei muito para remover [o primeiro-ministro húngaro] Viktor Orban e seu partido do grupo internacional... mas eu teria cuidado com moções para expulsar países da UE”, acrescentou Tusk, um crítico declarado do que ele chamou de “posição russa” de Budapeste.

Ele disse que não sabia todos os detalhes da decisão de visto da Hungria, mas "à primeira vista... parece que as disposições da lei europeia foram violadas, juntamente com regulamentações relacionadas a riscos à segurança dos países de Schengen". Tusk observou que a Hungria não é o único país da UE que concede vistos a bielorrussos e russos, então puni-lo não os impediria de entrar no bloco.

A Polônia tem sido uma apoiadora-chave de Kiev em meio ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, enviando ajuda militar e servindo como um centro para suprimentos de armas ocidentais. A Hungria, no entanto, se opôs ao financiamento e armamento de Kiev.

Orban tem clamado por uma solução diplomática para o conflito, e embarcou no que chamou de "missão de paz" para a Ucrânia no mês passado, mantendo conversas com Kiev e Moscou para instá-los a negociar. Suas ações, incluindo uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin, atraíram críticas dentro da UE, com alguns membros pedindo que a presidência rotativa da UE que a Hungria atualmente detém seja revogada.

Bruxelas respondeu até agora às críticas às novas regras de visto da Hungria pedindo que Budapeste explique oficialmente a mudança. Espera-se que a UE aborde a questão em sua cúpula em outubro.

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