“Os intervenientes foram repelidos com tiros e responderam ao fogo, ferindo mortalmente o parlamentar”, disse Eulalio Gomes, à imprensa o delegado da Polícia, comissário Carlos Benítez.
Gomes, 67 anos, era deputado pelo governista Partido Colorado (conservador).
O objetivo da operação era capturar Alexandre Gomes, filho do político, que fugiu mas depois se entregou às autoridades, segundo o boletim de ocorrência.
O mandado de busca foi assinado por um juiz para a prisão “de pessoas suspeitas de integrarem esquema de lavagem de dinheiro proveniente de tráfico de drogas e associação criminosa”.
O delegado informou que foram feitas duas buscas em imóveis do deputado na cidade de Pedro Juan Caballero, 550 km a nordeste de Assunção, na fronteira seca com o Brasil.
Benítez esclareceu que os agentes antidrogas não pretendiam prender o político, que goza de privilégios parlamentares, e que a missão era apreender documentos relativos a uma investigação por ligações com o tráfico de drogas em que o falecido, um rico fazendeiro da região, estava envolvido.
Em 2015, outro deputado governista, Magdaleno Silva, também foi morto, mas pelas mãos de pistoleiros em frente à sua casa, numa cidade a 50 km de onde Gomes morava.
“As ligações entre o tráfico de drogas e a política são cada vez mais preocupantes”, disse à AFP o criminologista Juan Martens.
“Há informações sobre pessoas que são autarcas, vereadores de cidades do interior e dirigentes políticos que estão sob suspeita”, sublinhou, depois de apontar especialmente para a região nordeste da fronteira seca com o Brasil.
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