TOMO MDLXXII - PRIMEIROS OBJETIVOS, SEM ESQUECER DE OUTROS

As manchetes dos jornais, nos tempos do inominável, eram absurdamente caóticas, inclusive, nos tratos do mesmo com a parte "lambe botas" da imprensa corporativa, mas, ao que parece, não é só a parte "lambe botas" e nem só da mídia, que simplesmente desconhecem o significado da "mais valia"

e, é justamente isto que precisamos conversar, para que compreendamos a parcialidade do impacto das manchetes de ontem, mesmo sendo radicalmente destoantes das manchetes dos tempos do inominável, são apenas o primeiro dos muitos objetivos que nos levou as mobilizações necessárias para derrotar o projeto "nazi -fascista" capitaneado pelo capetão.

As manchetes, que nos fizeram sorrir, é que Brasil está deixando o mapa da fome, se a notícia é excelente, lembremos, apenas parcialmente, pois, há um estágio posterior a este, que e vencer a insegurança alimentar, depois desta, a garantia da melhoria dos índices salariais, que permite a retomada de uma democratização das relações sindicais, ou seja, o próprio princípio da inexistente democracia burguesa, passa pela necessidade da liberdade de organização da classe trabalhadora, mas, lembremos, este nível de organização, significaria um consistente redução redução da importância das igrejas "neopentecostais" que por consequência, reduziria os votos na direita. A tarefa será árdua.

Peço, no entanto, licença para festejar as felicidades dos meus olhos, que não estão sendo obrigados a ver cenas de brasileiros daquilo que antes era chamada de (classe média, que na verdade ainda é a "classe mérdia"), justamente por desconhecer o que é a "mais valia", as manchetes eram, além é claro, das agressões a quem ia atrás das informações, que brasileiros corriam atrás de caminhões de lixo, atrás de restos alimentares, que depois, alguns inescrupulosos comerciantes passaram a comercializar aqueles restos, que antes da eleição do inominável, era simplesmente descartados. Como falamos, a tarefa será árdua.

Se vencemos a primeira parte dos objetivos, ao eleger um governo progressista, isto abre uma série constante de objetivos, que deve começar no dia "06/10" daqui a menos de dois meses, reduzindo drasticamente a força da extrema direita nas casas legislativas municipais e nos comandos dos executivos onde não houver segundo turno e também onde houver tal necessidade. Sem tal redução, corremos sério risco das grotescas cenas voltarem. Ah, já quanto esperarmos que as faculdades de comunicação coloquem os livros de Carl Marx e Frederich Engles nas grades escolares, será pedir demais, no entanto sabemos, sem isto, seremos obrigados a conviver não só com a mídia corporativa, mas ainda dentro dela, com os setores "lambe botas" que será responsável direta pela existência da "classe mérdia".

Adão Alves dos Santos