A sapiência de uma senhora analfabeta, d. Maria Aurora, minha mãe, dizia que: toda e qualquer mal feitor quando morre, vira pessoa boa. Lembrando ainda que não sou presidente da República, devo ser simpático e enaltecer pessoas de quem discordo, ou candidato "rotulado de radical", cujo apoio de um burguês, reduz as resistências.
Falemos então, das perversidades, pois, como fui educado pelos princípios cristãos, "pela analfabeta d. Maria Aurora" para que haja o perdão, é necessário o arrependimento, o personagem, que contraiu óbito, que foi citado pelo presidente Lula, a quem ele apoiou em eleição, nunca se arrependeu, nem de ter integrado os governos da ditadura, entre as coisas que ele não se arrependeu, foi por ter assinado o "AI-5", que entre outros absurdos, suspendia as garantias individuais, que na prática, liberava as prisões ilegais, além de justificar as torturas. Nem falaremos de uma de suas falas, onde ele comparava empregadas domésticas a animais, pois, desta, ele diz ter se arrependido, não para um analista da rede golpe de televisão, que tentou passar pano para esta catastrófica fala.
Entre as coisas que a pessoa da catastrófica fala, não se arrependeu, foi a de ter integrado a ditadura, lembremos, o golpe de sessenta e quatro, foi deflagrado, pelo medo, "de quem nunca aprendeu de fato a ler", a burguesia, principalmente a yanque, que assim, teme o inexistente, o comunismo, que por serem donos dos meios de comunicação, espalha seus medos à população em geral, incluindo assim, as pessoas, "quase toda a humanidade" que ganharia com uma sociedade justa, estes ganhos viriam também pela superação das competitividades entre as pessoas, diminuindo as segregações. É claro, que nada disto seria automático, ou seja, não aconteceria por decreto, mas como processo de uma verdadeira revolução cultural.
Voltemos ao medo da burguesia e da sua sede por lucros, a ditadura instalada pelo tal golpe, além de garantir o apoio da "sabuja" burguesia brasileira, aos interesses do império do mal, o Tio San, precisava enriquecer a burguesia "nacional" burgueses americanos que vieram psra cá para administrar suas empresas, daí nasceu a expressão " fazer o bolo crescer, para depois dividir" passados os vinte e um anos da ditadura, os cinco "Collor/Itamar", os oito do FHC, nunca houve nenhum passo concreto em direção à divisão do tal bolo, mas quando este começou de fato a ser dividido, "através do Estado, iniciando um projeto de renda mínima", os setores conservadores, falam em esmola. E são radicalmente contrários.
Falando em bom português, o fato do falecido ter optado por se aliar ao Lula e não ao ex-despresidente, só mostra quanto era ruim as "despropostas" do desgoverno do inominável, não o arrependimento do mesmo. Sem tal arrependimento, minha educação cristã, não imagina um passar de pano para ele.
Adão Alves dos Santos
P.S: como trabalhador, íntegro o exército de milhões de pessoas, que contribuíram com o crescer do bolo, sem nunca sentir o gosto do mesmo.
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