terça-feira, 13 de agosto de 2024

FELIZ ANIVERSÁRIO, CAMARADA! 🎂 Fidel Castro Ă© lembrado em Cuba

A memĂłria e o legado do lĂ­der histĂłrico da Revolução Cubana, Fidel Castro (1926-2016), sĂŁo recordados esta terça-feira na ilha, por ocasiĂŁo do 98Âș aniversĂĄrio do seu nascimento.

98 anos apĂłs seu nascimento, nestes tempos difĂ­ceis, manter vivo e eterno o pensamento do Comandante-em-Chefe Fidel serĂĄ o maior monumento que podemos cimentar para ele”, sublinha uma mensagem do site da PresidĂȘncia Cuba em sua conta no social rede.

Fidel Castro nasceu na cidade de Birån, atual província de Holguín, cerca de 735 quilÎmetros a leste de Havana, em 13 de agosto de 1926, filho de um emigrante galego, ex-soldado do exército colonial espanhol na ilha, que se tornou um rico proprietårio de terras. .

Seus primeiros estudos foram realizados na cidade oriental de Santiago de Cuba, onde também se matriculou em escolas religiosas como Los Hermanos de La Salle e o Colégio Dolores, governado pela Ordem dos Jesuítas. Em 1942 ingressou no colégio Belén (também dos Jesuítas), em Havana, onde se formou em Letras.

Frequentou os estudos universitårios de 1945 a 1950, formando-se como advogado pela Universidade de Havana, onde começou a envolver-se nas lutas sociais e revolucionårias do seu tempo, inicialmente na Federação dos Estudantes Universitårios (FEU) e nas fileiras da Partido Popular Cubano (Ortodoxo).

Em 1953, Ă  frente de uma centena de jovens, organizou e dirigiu o ataque ao quartel Moncada, segunda fortaleza militar da ilha, localizada na cidade de Santiago de Cuba, com o objetivo de iniciar uma luta armada para derrubar a ditadura do general FulgĂȘncio Batista (1952-1958), fracassando na tentativa e terminando na prisĂŁo junto com os sobreviventes do assalto.

ApĂłs uma anistia polĂ­tica, em 1955 saiu da prisĂŁo e foi para o MĂ©xico, onde organizou novamente um movimento rebelde, desembarcando na costa cubana em dezembro de 1956 junto com 82 expedicionĂĄrios, iniciando a luta armada com o nascente ExĂ©rcito Rebelde, um exĂ©rcito rebelde. grupo guerrilheiro que conseguiu derrubar definitivamente o General Batista em 1Âș de janeiro de 1959.

Tornando-se primeiro-ministro do novo governo revolucionĂĄrio em 1959, cargo que ocupou atĂ© 1976, Fidel Castro manteve as rĂ©deas do poder na ilha atĂ© 2008, altura em que abandonou os cargos de presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, devido ao seu estado de saĂșde.

Neste período alcançou relevùncia internacional e presidiu o Movimento dos Não-Alinhados em dois períodos (1979-1983 e 2006-2008).

Fidel Castro morreu aos 90 anos, no dia 25 de novembro de 2016, e seus restos mortais repousam no cemitĂ©rio de Santa IfigĂȘnia, em Santiago de Cuba.

Confronto com Washington
O seu radicalismo ideolĂłgico fez dele, tanto para seguidores como para inimigos, uma das referĂȘncias polĂ­ticas mais importantes da esquerda internacional no sĂ©culo XX e a sua figura e a força do seu legado polĂ­tico ainda estĂŁo presentes, tanto em Cuba como em muitos paĂ­ses onde o seu imagem e pensamento norteiam movimentos populares e progressistas que lutam por uma sociedade mais igualitĂĄria.

Acusado de ser um ditador pelo Governo dos EUA, vilipendiado pelos exilados cubanos residentes nos EUA, Fidel Castro gozava de amplas simpatias e reconhecimento, mesmo entre aqueles que nĂŁo concordavam com o socialismo como projecto polĂ­tico-social, mas se consideravam “fidelistas”.
Foi o "espinho cravado na garganta" dos Estados Unidos, tornando-se um dos mais profundos críticos de Washington, a quem "plantou uma bandeira" desde o seu tempo como guerrilheiro, no final da década de 1950, até à sua morte.

Durante 11 administraçÔes na Casa Branca – de Dwight Eisenhower (1953-1961) a Barack Obama (2009-2017), o nome de Fidel Castro rondava o SalĂŁo Oval como uma verdadeira dor de cabeça, tanto na aplicação de polĂ­ticas restritivas contra Cuba como no cenĂĄrio mundial.
Segundo dados oficiais oferecidos por investigadores cubanos e estrangeiros, foram feitas 638 tentativas de assassinato contra ele, a maioria delas atribuĂ­das Ă  AgĂȘncia Central de InteligĂȘncia dos Estados Unidos (CIA) e a grupos de oposição de emigrantes cubanos residentes naquele paĂ­s.

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