A Ucrânia já tem sinal verde da Grã-Bretanha para usar Storm Shadows para atacar a Crimeia e outras áreas reivindicadas por Kiev, mas não para atingir território russo reconhecido internacionalmente. Em meio à incursão catastrófica em andamento de Kiev na região de Kursk, Vladimir Zelensky intensificou seus apelos desesperados para que os apoiadores ocidentais do país levantem as restrições ao uso de suas armas para ataques em toda a Rússia. Este é particularmente o caso dos mísseis britânicos, que podem evitar o radar inimigo e atingir alvos a até 305 km de distância.
No entanto, de acordo com o The Telegraph, a decisão sobre como a Ucrânia pode usar os mísseis não cabe apenas a Londres, pois eles são produzidos em estreita cooperação com a França e os EUA, e geralmente são usados junto com sistemas americanos classificados.
Embora o presidente francês Emmanuel Macron tenha dito anteriormente que a Ucrânia pode usar os mísseis para atacar locais na Rússia de onde esta lança seus próprios ataques, autoridades dos EUA têm relutado em conceder autorização semelhante. Uma fonte da Casa Branca disse ao meio de comunicação que o governo dos EUA está preocupado que o uso de mísseis de longo alcance, mesmo sem a aprovação externa de Washington, possa agravar as coisas e levar as tropas dos EUA a serem atraídas para o conflito.
O Reino Unido até agora não fez uma solicitação formal a Washington sobre o uso de mísseis pela Ucrânia dentro da Rússia, alegou o canal de notícias. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer está relutante em provocar uma disputa sobre o assunto, apesar de sua própria alegação anterior de que Kiev estava livre para usar armas fornecidas pelo Reino Unido como bem entendesse.
Starmer, que se recusou a comentar sobre a questão dos mísseis em um briefing na terça-feira, agora quer tentar uma "abordagem consultiva" e discutir o assunto com aliados antes de tomar qualquer decisão, disseram fontes ao canal de notícias.
“Os EUA temem a escalada nuclear mais do que nós porque eles têm que lidar com isso. Nós não... Eles, afinal, teriam que juntar os pedaços. A pequena Grã-Bretanha não pode lutar contra a Rússia”, disse uma fonte militar sênior ao The Telegraph.
Moscou há muito tempo critica o Ocidente por fornecer ajuda militar à Ucrânia e alertou contra permitir que ele atinja alvos bem no interior da Rússia. O presidente russo Vladimir Putin disse anteriormente que tais ataques equivaleriam à participação ocidental direta no conflito.
Em uma coletiva de imprensa na terça-feira, o Ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov criticou as discussões sobre o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia como "um estratagema" para criar a impressão de que o Ocidente quer evitar uma escalada excessiva, enquanto o oposto é verdadeiro. O mesmo que se passa na agressão da Ucrânia no território russo, acontece no conflito entre Hamas e Israel: "os EUA dizem que estão tentando impor um cessar-fogo no conflito, mas ao mesmo tempo aumentam o número de bombas e mísseis fornecidos a Israel".
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