domingo, 5 de maio de 2024

Governo israelense fecha um dos últimos canais independentes de notícias

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu votou por unanimidade pela suspensão das operações em Israel da emissora Al Jazeera, com sede no Catar, disse o governo em um comunicado.

Israel há muito que acusa a Al Jazeera, que continua a ser um dos poucos canais de notícias internacionais a ter correspondentes no terreno em Gaza, de mostrar notícias que causam preconceito contra ela e de informar diretamente militantes do Hamas. A emissora vem negando as acusações. 

Netanyahu acessou o X (antigo Twitter) no domingo para anunciar o desenvolvimento, escrevendo que “o governo liderado por mim decidiu por unanimidade contra os antisemitas: o canal de incitamento Al Jazeera será fechado em Israel”.

Pouco depois disso, o Ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, disse que havia assinado as ordens para restringir as operações da emissora, que entrariam em vigor imediatamente.

O hardware “usado para entregar o conteúdo do canal”, incluindo equipamentos de edição e roteamento, câmeras, laptops e alguns telefones celulares, será apreendido, escreveu Karhi no X.

A decisão do governo israelita está em linha com uma lei aprovada pelo parlamento do país, o Knesset, em Abril, que permite o encerramento temporário em Israel de emissoras consideradas uma ameaça à segurança nacional durante o conflito em Gaza. Pela legislação, a proibição exige recertificação a cada 45 dias.

O chefe da Al Jazeera em Israel e nos territórios palestinianos, Walid Omary, insistiu que a medida do gabinete de Netanyahu era “perigosa” e motivada apenas por considerações políticas. A equipe jurídica da emissora está preparando uma resposta à proibição, disse Omary à Reuters.

O correspondente da Al Jazeera em Gaza, Hani Mahmoud, disse que os palestinos estão encarando o encerramento do canal de notícias como “uma medida desesperada para impedir uma cobertura justa do que se passa no terreno” no enclave.

A Al Jazeera “documentou as atrocidades” e “atos que vão contra o direito internacional dos direitos humanos”, afirmou Mahmoud, acrescentando que isto era “algo que realmente não agradou ao governo israelita”.

O número de mortos nos ataques aéreos e na ofensiva terrestre de Israel em Gaza já atingiu 34.654 pessoas, enquanto outras 77.908 ficaram feridas, de acordo com o ministério da saúde do enclave palestino. A campanha foi lançada em resposta ao ataque transfronteiriço do Hamas a Israel, em 7 de Outubro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vale a pena aproveitar esse Super Batepapo

SBP em pauta

DESTAQUE

COMO A MÍDIA MUNDIAL ESTÁ DIVULGANDO HISTÓRIAS FALSAS SOBRE A PALESTINA

PROPAGANDA BLITZ: HOW MAINSTREAM MEDIA IS PUSHING FAKE PALESTINE STORIES Depois que o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, as forç...

Super Bate Papo ao Vivo

Streams Anteriores

SEMPRE NA RODA DO SBP

Arquivo do blog