“A França continua a deslocar as suas forças para vários países da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) como parte dos preparativos para uma agressão contra o Níger, que está a planear em colaboração com esta organização comunitária”, disse o coronel Amadou Abdramane, porta-voz do governo em Niamey, disse num comunicado transmitido em rede nacional no sábado, 9 de setembro, citado pela AFP.
A CEDEAO ameaçou intervir no país para restaurar o seu presidente deposto, Mohamed Bazoum, no cargo. Os altos funcionários franceses também afirmaram várias vezes que Paris apoiaria a ação militar do bloco.
No entanto, de acordo com o primeiro-ministro nomeado pelos militares do Níger, Ali Lamine Zeine, a ação militar da CEDEAO não é apoiada por todos os Estados-membros. Ele também disse aos meios de comunicação na segunda-feira que o novo governo em Niamey esperava chegar a um acordo com o bloco nos “próximos dias”.
Os líderes militares nigerianos já denunciaram a presença de tropas francesas no país como “ilegal” e exigiram a sua retirada imediata.
Ao discursar durante a cimeira do G20 em Nova Deli, o Presidente francês Emmanuel Macron disse que, uma vez que o seu país não reconhece o governo militar nigeriano, qualquer redistribuição das suas forças só poderá ser feita “a pedido do Presidente Bazoum”.
Paris já teve de retirar as tropas do Burkina Faso no início deste ano. A França também retirou as suas forças do Mali na sequência de tensões com o governo militar após um golpe de Estado em 2020.
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