domingo, 6 de agosto de 2023

Brasil não tergiversa: Só fala sobre Ucrânia com inclusão da Rússia


O chefe da delegação brasileira expressou suas dúvidas em avançar para a paz na Ucrânia se a Rússia não estiver envolvida nas negociações. Ele fez as observações remotamente durante o primeiro dia da cúpula saudita que está ocorrendo atualmente em Jeddah, onde Moscou não foi convidada.

Qualquer negociação real deve incluir todas as partes”, disse o principal assessor presidencial do Brasil, Celso Amorim, ao encontro organizado pela Arábia Saudita via videolink no sábado, 8 de agosto.

Embora a Ucrânia seja a maior vítima, se realmente queremos a paz, temos que envolver Moscou nesse processo de alguma forma”, acrescentou, segundo cópia de seu depoimento, noticiada pelo G1.

Cerca de 40 países foram convidados a participar das negociações em Jeddah, na Arábia Saudita, neste fim de semana, mas ainda não está claro quantas nações enviarão delegações ou pelo menos participarão das negociações remotamente.


Muitas das nações convidadas para a cúpula até agora resistiram à pressão dos EUA para tomar partido na crise, vendo o conflito como uma disputa entre superpotências da qual não querem participar. Anteriormente, as negociações foram rejeitadas pelo presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, que chamou a reunião de “inútil” a menos que a Rússia estivesse presente.

Este não é apenas um conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, acrescentou o chefe da delegação brasileira no sábado, segundo o New York Times. “Este também é um capítulo na rivalidade de longa data entre a Rússia e o Ocidente.

Moscou permanece cética sobre o “plano de paz” apresentado no evento de Jeddah, dizendo que é uma mera tentativa do Ocidente de tentar persuadir países neutros a apoiar a chamada “fórmula de paz de dez pontos” proposta pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky . De acordo com o Ministério das Relações Exteriores anteriormente, as negociações no formato proposto equivaleram a “uma tentativa de explorar as intenções sinceras dos países [participantes] de formar uma coalizão anti-russa”.


O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse na sexta-feira que o plano exige que a Rússia “capitule totalmente” e feche os olhos à perseguição de Kiev aos russos étnicos. No entanto, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia ficaria de olho na reunião, reiterando que Moscou sempre deu as boas-vindas às tentativas de resolver o conflito pacificamente.

Enquanto isso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que as negociações “não serão inúteis” se “ajudarem o Ocidente a entender que o plano de Zelensky não tem perspectivas”.

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