“Não foram encontradas imagens de vídeo de vigilância que fornecessem pistas investigativas ou qualquer outro meio para os investigadores identificarem quem pode ter depositado a substância encontrada nesta área”, disse o Serviço Secreto em um comunicado. Os testes de laboratório do FBI e da CIA, que voltaram na quarta-feira, “não revelou impressões digitais latentes e DNA insuficiente para comparações investigativas”, acrescentou a agência.
A falta de provas significa que os investigadores “não serão capazes de destacar uma pessoa de interesse entre as centenas de pessoas que passaram pelo vestíbulo onde a cocaína foi descoberta”, concluiu a agência.
A bolsa foi descoberta em 2 de julho em um armário usado para guardar itens pessoais não permitidos na área segura da Ala Oeste. O Serviço Secreto inicialmente evacuou o prédio devido a preocupações de que o pó branco pudesse ser uma arma biológica como o antraz. Testes de campo rapidamente revelaram que a substância era na verdade cocaína, o que foi posteriormente confirmado por um teste de laboratório.
A cocaína é um narcótico de Classe II nos EUA, cuja posse é ilegal sem receita médica. Também foi a droga preferida do filho do presidente Joe Biden, Hunter, que admitiu seu vício em um livro de memórias recente, depois que evidências em vídeo foram encontradas no laptop que ele havia abandonado em uma oficina de Delaware.
O ex-presidente Donald Trump sugeriu que a droga pode ter pertencido a Hunter ou a seu pai, e previu que todo o escândalo será rapidamente encoberto. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, insistiu que toda a Primeira Família estava no retiro presidencial de Camp David no fim de semana quando a cocaína foi encontrada.
O Serviço Secreto pesquisou funcionários da Casa Branca, contratados, militares e alguns visitantes que podem ter passado pela área. A Sala de Situação próxima está passando por reformas e não está em uso para reuniões seguras.
O presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, exigiu informações do Serviço Secreto sobre o caso, chamando a presença de drogas na Ala Oeste de “momento inaceitável e vergonhoso na história da Casa Branca” em uma carta enviada na semana passada.
Após o briefing a portas fechadas na manhã de quinta-feira, vários detalhes adicionais surgiram sobre o caso. A cocaína foi encontrada no armário número 50 e a chave desse armário continua desaparecida, de acordo com a congressista Lauren Boebert, republicana do Colorado. A congressista Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, revelou que o Serviço Secreto reduziu a lista de suspeitos para 500 nomes, mas se recusou a testar drogas em qualquer um deles.
“Alguém entra na Casa Branca, o prédio mais seguro dos Estados Unidos da América – do mundo, na verdade – e pode colocar algo em um armário”, irritou-se o deputado Tim Burchett, do Tennessee, dizendo à CNN que “alguém deveria perder sua trabalho sobre isso, muitas pessoas”.
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