O Futuro Sombrio das Máquinas e a Realidade Política Brasileira
Muitos de nós já fomos impactados pela trama cinematográfica de O Exterminador do Futuro. No filme, um robô — uma espécie de “máquina orgânica” — viaja no tempo para impedir o nascimento de uma criança que, segundo a visão das máquinas, seria um terrorista. Para os humanos, no entanto, esse mesmo menino representa a esperança e a resistência contra a dominação tecnológica.
Se no cinema o enredo nos mostra um futuro em que a humanidade é escravizada pelas máquinas, no mundo real nos deparamos com um cenário igualmente preocupante. Aqui, o inimigo não é apenas a inteligência artificial em si, mas os donos das máquinas: uma elite restrita, os mesmos “cento e quarenta mil” que a extrema direita tentou manter isentos do pagamento do imposto de renda. São eles que, ao mesmo tempo em que acumulam privilégios, enfrentam processos por crimes de colarinho branco e consideram absurdo que os mais pobres tenham acesso a ensino superior ou a um SUS ativo e eficiente.
Ainda que o quadro pareça caótico para 99% da humanidade, o caminho não é irreversível. Mas é preciso compreender que as propostas políticas da extrema direita — representadas por partidos como PL, Republicanos, Novo, União Brasil, Podemos e até novas siglas como Missão — não apontam para soluções. Pelo contrário, empurram a sociedade a passos largos para esse futuro sombrio, onde poucos concentram poder e muitos permanecem à margem.
A saída exige medidas imediatas e profundas:
• Redução drástica da jornada de trabalho, para que o tempo livre seja também um direito social.
• Socialização dos meios de produção, garantindo que a riqueza gerada não fique restrita a uma minoria.
• Ganho de consciência coletiva, para que a humanidade reconheça seu papel e sua força diante das estruturas de poder.
O futuro não precisa ser uma distopia. Mas, para que não seja, é fundamental que a maioria — aqueles que não são isentos do IR e que sustentam o país — desperte para a realidade e recuse os projetos políticos que apenas reforçam desigualdades e ameaçam nossa liberdade.

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