Pessoas desinformadas, que optam por ser desinformadas, não apenas para darem a si o direito de constantes e repetidos erros, principalmente, na hora do voto, mas, principalmente, para parecerem simpáticos ao patronato local. Sonham em estar ignorando radicalmente, que o patronato das grandes empresas "tiveram a sorte" de nascer em berço de ouro, algo que eles não têm. E, mesmo que galguem uma posição melhor na estrutura social, muito provavelmente, seja condenando seus possíveis "colaboradores" a uma prática de aculturamento tal qual eles vivem para ignorar as regras básicas deste mundo.
Nestas regras básicas, quem se apropriou das terras, que segundo as crenças propaladas, teriam sido feitas por um deus único, que teria feito também os homens, que na prática daria igualmente estas terras a todos os homens, logo, ninguém jamais seria um latifundiário, muito menos teria um exército de escravizados para trabalharem para seu enriquecimento, ou seja, a base do mundo que seu aculturamento cultua, além de perversa, contraria radicalmente as crenças quais ele teme o castigo eterno.
Nossa reflexão, que nunca foge desta base que forma a "religiosidade coletiva", que ignora frontalmente aquilo que é descrito no livro sagrado de grande parte do mundo acidental, tem um efeito prático na alienação política, inclusive, no criar e recriar de narrativas sempre prontas tanto para o aculturamento, quando para a alienação. No aculturamento, o trabalhador, simplesmente se esquece que é trabalhador, passando a defender o direito do seu patrão o condicionar a práticas que desrespeitam a legislação vigente, entre elas, o pagamento de horas extras, ou o respeito ao direito de folgas semanais, se muitas vezes estes pagamentos das horas extras, são feitas por fora do holerite, logo, não insidem, por exemplo, nas férias, décimo terceiro salário e ainda para efeito de aposentadoria, ou num não esperavo afastamento por doença, este aculturamento, tira do trabalhador a visão de seu papel na estrutura produtiva, já a alienação, o impede da militância política às enxergando como danosa ao seu patrão, assim o trabalhador, não se filia a nenhum partido político, mas vota, nos candidatos indicados pelo patrão.
Na aculturação deste patrão de pequeno comércio, que se enxerga como donos dos meios de produção, ele é levado a ignorar que seus ganhos, "vendas", aumentam exatamente quando políticas de distribuição de renda, aumentam os ganhos de seus clientes, a sociedade do entorno, ou na época em que o trabalhador recebe o décimo terceiro, justamente aquele, décimo terceiro, que seu trabalhador receberá a menor, por seu salário mensal, não incluir as horas.
Nesta redoma, que mereceria uma episódio dos "Simpsons", muitas vezes indetectável, pela inexistência de denuncias, tem um danoso efeito prático na política e, por consequente na organização da sociedade, que está ligada diretamente no surgimento e ressurgimento da ideologias de extrema direita, quase sempre ligada, aquilo que erroneamente se rotula como "classe média" ou seja, os "nen-nens", nem são os donos dos meios de produção, nem se sentem trabalhadores, mas, quando o sapato aperta o calo, as culpas nunca estão em seus aculturamento ou alienação. A culpa são dos migrantes, estes retirantes que vieram de "seus improdutivos pedaços de chão" para lhe tirar os empregos, aqueles mesmos empregos que eles se recusam a aceitar, são ainda das minorias, que ao clamar por direitos, fazem com que os "perniciosos" governantes aumentem a já excessiva carga tributária. Não se esquecendo que a culpa são das pessoas com práticas moralmente inaceitáveis, que contamina a sociedade das pessoas de bem.
Porém, seu aculturamento e alienação, o impede de notar o básico, melhor a renda do trabalhador, melhora automaticamente suas vendas. Mas, isto aproxima seus colaboradores de seu patamar social. Isto nunca.
ERRATA: Na crônica de ontem, escrevemos Léo, quando deveríamos ter escrito Léu, como justificativa, poderíamos dizer, que são lembranças de minha infância, de uma frase falada por meus pais, que éramos analfabetos, mas na verdade devo agradecer meu amigo Airton do "sarau bodega do Brasil" pelo lembrete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário