domingo, 9 de fevereiro de 2025

TOMO MDCCLI - ORIGENS DAS INJUSTIÇAS

Poderíamos começar nossa conversa de hoje, citando "LUCAS: 15: 11/32" o retorno do filho pródigo, e imaginando para muito além do texto bíblico, a questão de ciúmes de um filho para com um irmão recém nascido. Poderíamos ir muito além no tempo, "e descer o cacete" em patriarcas bíblicos que, segundo o própria bíblia, tinham escravos. Caso fizéssemos isto, sem pensar os conceitos antropológicos da sociedade judaica, estaríamos, no mínimo, sendo levianos.
Deveríamos, no mínimo, lembrar, que neste hipotético tempo, não havia moedas, claro, estes escravos, não eram pagos, porém, num contexto muito diferente das escravização "por questões étnicas" do tempo do colonialismo, que infelizmente, se avançou, para além deste período histórico, claro, sem tal rótulo.

Deveríamos, até, fazer uma pausa, para citar, as escravizações da Grécia antiga, citando dois grandes diferenciais: (primeiro as escravizações dentro da democrática ateniense, depois, as mesmas escravizações, dentro da militarizada ditadura espartana). Tal diferença, só poderá ser perceptível para alguém, vivendo nas áreas de influência dos governos estadunidenses, e teve de ler Celso Furtado, em espanhol, pois, nossa democracia subalterna, impedia que este autor nacionalista, "muito diferente de patriotário" pudesse ser publicado em nossa língua, questão destas "democráticas" ditaduras.

O título diz da origem, a origem da injustiça, vem da posse da terra, "enquanto meio de produção" muito diferente, da posse de um pedaço de terra, onde se ergue uma casa, principalmente, quando esta casa não impede que outros tenham suas casas.

Se, ao menos, nas narrativas bíblicas, não descrevem os galpões industriais, nossa fala, especificamente, não viajará no tempo, ao tempo do capetalismo, embora, viaje, até o renascimento, imaginando as corporações de ofício, visto, que mesmo nestes tempos bíblicos, já havia os "marceneiros" profissão, por exemplo, de José, pai humano de Cristo" alguém, que não era agricultor.

Saímos, um pouco, das narrativas bíblicas, para encontrar no antigo Egito, a citação de profissionais da jardinagem, que muito antes de Moisés, habitar e casas que deixariam nossos engenheiros com inveja. Poderíamos fazer uma equação matemática, calculando a densidade demográfica, para antropologicamente, compreender tal descrição, poderíamos, ainda, pensar matematicamente, justificar as escravizações, pela inexistência de mão-de-obra, seria então justamente aqui, que começa a diferença, um escravo, que não era pago "em espécie" tal qual são pagos, ou 'deveriam" ser pagos os trabalhadores de hoje, e os trabalhadores escravizados, importados à força, para ser a força motriz de uma sociedade, onde, seus donos, poderiam, como donos fazer e desfazer de seus escravizados, inclusive, com direita a toda "má sorte" de perversidades sexuais.

Nossos desconhecidos antropológicos, manipulados por uma educação seletiva, que nos condena ao mero papel de coadjuvantes, numa sociedade, "hipócrita", ou melhor, hipocritamente cristã, não nos dá o direito de "aceitar toda e qualquer injustiça" ainda que não a pratiquemos.

Aceitar a intolerância religiosa, os preconceitos: "raciais, sexuais, étnicos, etários, xenofóbicos, aporofóbicos, etc." É fazer continuar que injustiças aconteçam.

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